A FESTA DA LUZ. NATAL.

Saindo da sombra para a luz, o natal é a festa da luz.

Natal, natalício, natividade, nascimento, todos vocábulos ligados ao evento da chegada, do novo, da razão maior da vida, a esperança.

Cristo renovou a esperança pelo amor que pregou, desinteressado, ao semelhante, o desvelo que protege os irmãos sem reservas, amor que reverencia os pais, suas memórias, que faz o cálice único onde saciam a sede marido e mulher, na comunhão de vontades, que é abrigo e carinho dos filhos, que é presente no verdadeiro amigo, mas antes de tudo, é generoso com o desconhecido que necessita de auxílio e socorro. O amor ao próximo.

Por isso o natal é a festa da luz; da luz espiritual.

Em Roma , no século II, no dia 25 de dezembro, a população ficava em festa para homenagear o nascimento de quem veio trazer benevolência, sabedoria e solidariedade aos homens.

Cultos religiosos se reproduziam para reverenciar a data mais sagrada do ano. As famílias, em meio a grande alegria trocavam presentes e banquetes eram postos e degustados. Mas não era a comemoração do nosso Natal. Era sua origem. Tratava-se da festa que comemorava o nascimento do deus persa MITRA, que representava a luz e ao longo do século II tornou-se uma das divindades mais respeitadas no solo romano.

Mas qualquer coincidência com o festejo cristão não é por coincidência. A raiz do Natal, na realidade, começa sete mil anos antes de Jesus vir ao mundo, o Deus feito homem. Essa história é tão antiga como a civilização, e comovente. Mas tem, em princípio, um motivo objetivo e desvinculado de espiritualidade. Celebra o SOLSTÍCIO DE INVERNO, A NOITE MAIS LONGA DO ANO NO HEMISFÉRIO NORTE, que ocorre no final de dezembro.

Dessa madrugada em diante o sol fica cada vez mais tempo no céu, até o ponto máximo de verão.

É O PONTO DE MUTAÇÃO DAS SOMBRAS PARA A LUZ.

Não seria, pois, coincidência, o isocronismo do futuro, onde chegaremos, de se festejar nessa data, a luz única que foi Jesus Cristo. O cristianismo foi entronizado no Império Romano por Constantino, como religião oficial, também, por força de sua mulher ter se tornado cristã fazendo celebrar Mitra junto ao do nascimento de Cristo. Foi ela que levou para Roma a escadaria em que teria subido Cristo para ser julgado, escadas que só de joelhos pode ser subida e está junto a Igreja de San Giovanni Laterano.

Isso tudo é como a coincidência de estar abaixo da sacristia da Igreja do Vaticano - protegida por dossel em número de quatro, do grande artista Bernini, para diminuir a imensidão do adro - achada em escavações, uma pequena igreja, oráculo dos etruscos, onde se adorava e cultuava "La Vierge que va enfanter", a virgem que irá dar a luz.

São essas coincidências históricas que nos levam a penetrar no algo mais que vagueia nos questionamentos humanos.

PARTE REEDITADA.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 11/12/2013
Reeditado em 11/12/2013
Código do texto: T4607555
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