***AS DRs e POSSÍVEIS SOLUÇÕES***
Estimado (a) Leitor (a),
Como se sabe, as brigas e as discussões são comuns e naturais no casal, podendo até dizer-se que são inevitáveis.
Para muitos casais, uma discussão é como uma tempestade passageira que vem e vai sem grandes consequências. Mas para outros, lamentavelmente, é um hábito que complica ao máximo o dia-a-dia.
As discussões constantes no casal são um processo que pode terminar num verdadeiro problema de coabitação se for prolongado indefinidamente. Elas podem inclusivamente ser a causa de uma rutura posterior.
Que pode o casal fazer para que as discussões não afetem seus relacionamentos?
Evitar o conflito não é solução, de forma alguma, já que pode ser tão prejudicial como a busca constante pelo conflito. Em qualquer dos casos, as discussões não terminarão e, mais tarde ou mais cedo, acabarão por voltar.
Os casais mais felizes não são os que nunca discutem, mas os que sabem abordar uma conversa de forma correta. Como?
• Mantenha a calma o máximo de tempo possível. Aborrecer-se é sinal que existe um problema, mas dar rédeas soltas a sua fúria não irá solucioná-lo. Se você não controlar suas emoções mais irracionais, só irá piorar a situação. Uma briga já implica que duas pessoas estejam alteradas, com cada uma tentando mostrar e defender seu ponto de vista. Se você mantiver a calma será muito mais fácil conseguir se fizer entender e compreender o que o outro lhe está dizendo.
Conte até dez antes de falar, não diga a primeira coisa que lhe vier à cabeça, contenha o impulso de gritar ou insultar, porque a única coisa que irá provocar é o avivar da violência do momento.
• Expresse o que sente sem rodeios. Falar em voz alta sobre suas emoções mais profundas, por vezes a tristeza e a vergonha e, frequentemente, sobre os receios relacionados com o relacionamento, pode ser difícil, mas se o fizer obterá a recompensa. Em um primeiro momento, poderá ser difícil expressar seus sentimentos, porque isso significa abrir nosso coração e, talvez, magoar a outra pessoa, mas mais tarde, teremos aprendido a conhecer o subconsciente de nosso parceiro quando nos envolvermos em uma nova discussão.
• Diga o que pensa com firmeza, mas sem passar dos limites. Discutir é muito saudável se souber fazê-lo da forma correta. Se trocarem impressões e se chega a um entendimento. Não sacrifique seu ponto de vista para agradar ao outro ou para terminar a briga, isso só trará ressentimentos mais tarde. Exponha com clareza seu ponto de vista, que será tão válido quanto o de seu parceiro (a), faça-o com firmeza, mas de forma amável, tranquila e sem violência.
• Evite os momentos inadequados para discutir. Muitas das discussões do casal acontecem em momentos críticos: depois de um jantar em que talvez se tenha exagerado um pouco na bebida, em uma reunião social diante de muita gente, ou em um momento de particular estresse. Todas estas são situações que, devido à pressão de fatores externos, nos levam a dizer o que não deveria ser dito, algo de que mais tarde nos arrependemos. Acalme sua fúria no travesseiro e talvez no dia seguinte, veja as coisas de outra maneira.
• O ataque nem sempre é a melhor defesa. Atacar, acusar e insultar são maneiras fáceis de defender. É difícil aceitar sua parte da responsabilidade numa discussão, e muitas vezes utilizamos esse recurso por falta de argumentos mais válidos. Admitir sua parte de culpa em uma briga constitui uma forma de desarmar o outro e é um convite a que ele faça o mesmo. Dessa forma, a discussão será menos tensa e a comunicação será mais fácil.
• Não se trata de ter sempre razão. Por vezes, o mais importante não é defender nossa posição, custe o que custar, por muito que pensemos ter razão, mas sim chegar a um entendimento que possibilite uma nova situação em que os dois membros do casal se sintam mais à vontade.
• A comunicação não é suficiente para encontrar a solução para os problemas do casal. É a ligação sentimental e não a comunicação que marca a diferença. Conversar em conjunto é importante, mas o mais importante são os detalhes relativos ao lado emocionais que se traduzem de forma prática, nos abraços entre o casal ou outro tipo de demonstração afetiva quer seja na cama ou em qualquer outro sítio, e no pensar menos em si mesmo e mais como casal.
Estas são as regras básicas:
•Falar sem levantar a voz.
•Não insultar nem usar palavras fortes.
•Nunca recorrer à violência física.
•Limitar a discussão a problemas do presente, sem remoer ofensas e dificuldades do passado.
•Definir o problema com a maior clareza possível.
•Se oferecer, mutuamente, alternativas de solução.
•Tratar de chegar a um final feliz.
•Saber expor seus pontos de vista com clareza e rapidez.
•Se preocupar em buscar soluções que visem a satisfação do casal.
•Não recorrer às lágrimas nem à chantagem emocional.
•Tratar de propor soluções inteligentes.
•Saber ouvir.
•Procurar os pontos em comum deixando de lado as diferenças e, se lembrando de que se o casal existe é porque existe amor mútuo.
O ponto de vista de seu parceiro pode ser muito diferente do seu, talvez até você não o partilhe e não o aceite, mas deve respeitar essa diferença.
Uma briga conjugal saudável deve dar lugar a um crescimento e a um conhecimento sobre o outro. Ninguém é dono da verdade e existem tantos pontos de vista quantas as pessoas na Terra. Se você souber respeitar seu parceiro (a), ele (a) saberá respeitar você.
Uma briga é um desentendimento, uma negociação que deve chegar a uma conclusão com uma nova ordem estabelecida entre os dois. Ceda quando lhe parecer justo e peça o mesmo da outra parte. A briga termina com um esforço sincero dos dois lados e ambas as partes devem ficar satisfeitas. Se assim não for, e um dos dois pedir ou conceder demasiado, a discussão não terminará aí embora possa acalmar durante algum tempo.
No decorrer de uma discussão podem ser ditas muitas coisas dolorosas que vão exigir um pedido de justificação e de desculpas. Aprenda a aceitar as desculpas do outro e a oferecer as suas, se sentir que magoou a outra pessoa.
A confiança e o amor devem se manter intactos depois de uma briga conjugal “benéfica”.