UM SONHO DE CRIANÇA
Acordei e me deparei com ela. Dançava alegre por detrás da minha janela.
Esfreguei os olhos, para vê-la melhor. Mas, não havia dúvida, lá estava ela.
Olhei com os olhos da alma, e percebi que, ela me dava boas vindas. Afinal, ela sabe o quanto gosto dela.
Desde menina, acho-a mágica. Nas histórias contadas pelo meu querido vô Totó, ela sempre estava presente. No pinheiro natural de natal, minha vó Carmela, a imitava com pequenos flocos de algodão.
Por isso, ela mora no meu imaginário desde a infância.
Fiquei imóvel, sem mexer um músculo, com medo de atrapalhar o lindo balé feito por ela.
Em poucos minutos o gramado ao redor do East River estava todo tomado por ela. Era sem dúvida a rainha da cena.
O cenário antes verde, agora se mostrava alvo, feito uma plantação de algodão.
Levantei-me e pude ver os telhados brancos, estiquei mais o olhar, e vi os barcos atravessando o imenso rio, indiferentes a ela.
Gaivotas misturavam sua cor com a dela, e voavam belas e calmas.
Pensei: quando criança, sempre sonhei vê-la assim, de pertinho. Como a Branca de Neve, que passeava pela floresta gelada e alva, ao lado dos sete anões.
Sonhos existem para serem sonhados, e muitos deles, tornam-se realidade. E alguns, nos mostram que são ainda mais belos quando visto ao vivo, do que eram quando fantasiados.
E aqui estou eu, agora sentada rente a minha janela, escrevendo, e vendo a neve cair mansa, serena, alva, bela, radiante.
Se ela causa desconforto aos habitantes? creio que sim.
Mas, por aqui, já estão acostumados com ela, agora mesmo enquanto escrevo, avisto pessoas passeando com seus cães, e outras caminhando para irem ao trabalho.
Eu, hoje, vou me permitir descansar, e admirar a neve cair.
Ela sabe o fascínio que exerce sobre aquela menina (que ainda mora em mim) da vila de chão de terra batida. E por isso veio encher o meu dia de magia e beleza.
Portanto o dia será de contemplação e ócio, e de nenhuma culpa por isso. Só de agradecimento ao Criador, por essa oportunidade.
(Imagem: Lenapena)
Acordei e me deparei com ela. Dançava alegre por detrás da minha janela.
Esfreguei os olhos, para vê-la melhor. Mas, não havia dúvida, lá estava ela.
Olhei com os olhos da alma, e percebi que, ela me dava boas vindas. Afinal, ela sabe o quanto gosto dela.
Desde menina, acho-a mágica. Nas histórias contadas pelo meu querido vô Totó, ela sempre estava presente. No pinheiro natural de natal, minha vó Carmela, a imitava com pequenos flocos de algodão.
Por isso, ela mora no meu imaginário desde a infância.
Fiquei imóvel, sem mexer um músculo, com medo de atrapalhar o lindo balé feito por ela.
Em poucos minutos o gramado ao redor do East River estava todo tomado por ela. Era sem dúvida a rainha da cena.
O cenário antes verde, agora se mostrava alvo, feito uma plantação de algodão.
Levantei-me e pude ver os telhados brancos, estiquei mais o olhar, e vi os barcos atravessando o imenso rio, indiferentes a ela.
Gaivotas misturavam sua cor com a dela, e voavam belas e calmas.
Pensei: quando criança, sempre sonhei vê-la assim, de pertinho. Como a Branca de Neve, que passeava pela floresta gelada e alva, ao lado dos sete anões.
Sonhos existem para serem sonhados, e muitos deles, tornam-se realidade. E alguns, nos mostram que são ainda mais belos quando visto ao vivo, do que eram quando fantasiados.
E aqui estou eu, agora sentada rente a minha janela, escrevendo, e vendo a neve cair mansa, serena, alva, bela, radiante.
Se ela causa desconforto aos habitantes? creio que sim.
Mas, por aqui, já estão acostumados com ela, agora mesmo enquanto escrevo, avisto pessoas passeando com seus cães, e outras caminhando para irem ao trabalho.
Eu, hoje, vou me permitir descansar, e admirar a neve cair.
Ela sabe o fascínio que exerce sobre aquela menina (que ainda mora em mim) da vila de chão de terra batida. E por isso veio encher o meu dia de magia e beleza.
Portanto o dia será de contemplação e ócio, e de nenhuma culpa por isso. Só de agradecimento ao Criador, por essa oportunidade.
(Imagem: Lenapena)