A BARBÁRIE VOLTOU AOS ESTÁDIOS!

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Ainda vivem na época da barbárie, no Estado de Natureza do início da humanidade, alguns integrantes de torcidas organizadas de clubes de futebol, fanáticos e assassinos, como no caso do confronto armado entre membros de torcidas do Vasco da Gama e do Atlético Paranaense que, usando barras de ferro, agrediram e espancaram outros torcedores mais frágeis, resultando em desmaios e internações. Isso, durante o jogo no dia 8/12, na última rodada do Campeonato brasileiro.

O “Estado de Natureza” foi definido por Hobbes e Locke, no século XVII e aprimorado por Rousseau, no século XVIII (in Filosifia: Ed. Ática, São Paulo: 2000, páginas 220/223 de Marilena Chaui, Profa. De filosofia na UPS). Da selvageria da época na disputa “olho por olho, dente por dente” do passado, fez surgir o Contrato Social, com os membros da sociedade existente da época aceitando o Estado Social para representá-la de forma coletiva em nome de um bem estar social comum e geral para todos. Era o início da democracia!

Depois da baderna registrada, resgate de feridos e internações dos lesionados em hospitais de Joinvile, em Santa Catarina, começou a fase das explicações não convincentes. O Ministério Público, acusado de ter entrado com ação pública contra a presença da PM em um evento privado, mas o próprio MP negou o fato e disse que apenas teria recomendado que ao clube mandante do campo, no caso o Atlético Paranaense, fizesse a contratação de empresa privada e garantisse a segurança de todos. Isso foi feito, mas era insuficiente e desarmada. Ai entra o novo problema: não pode haver segurança particular armada dentro de estádios de futebol.

Enquanto alguns integrantes de torcidas organizadas de clubes saem de casa armados com barras de ferro, bombas caseiras, coquetéis molotov ou qualquer outro tipo de instrumento que possa ser utilizado como arma, não haverá paz nos estádios e, sem paz, famílias inteiras pensarão duas vezes antes de adquirir ingresso para assistir aos espetáculos de futebol, ver e aplaudir as jogadas geniais, mas desconcertantes para o adversário.

Um basta a essa barbárie precisa ser dada porque permanecendo esse clima de rivalidade entre torcidas rivais, como será na Copa do Mundo, com a frequência de muitos estrangeiros torcendo e falando línguas que nem todos conhecem?

Domingo, durante o programa “Fantástico”, da Rede Globo além de mostrar todo o barbarismo do jogo, novas denúncias de fraude na área da saúde foram reveladas, dessa vez envolvendo cooperativas não registradas nos Conselhos Regionais de Medicina contratadas emergencialmente por Prefeituras do interior para promoverem atendimentos médicos em alguns segundos.

Sem uma perfeita verificação documental para a contratação, as Cooperativas inexistentes de fato recebiam elevados valores, deixavam propinas para administradores corruptos de algumas prefeituras e a população, carente e dependente de atendimento pelo Sistema Único de Saúde, permanecia sem assistência digna e condizente com as verbas que lhe são destinadas pelo Ministério da Saúde.

É mais uma vez o “Estado de Natureza” se impondo pela força da corrupção, destruindo a vontade e a saúde dos mais fracos e, no caso apresentado, cometendo crimes contra a população do Brasil que depende de assistência médica do Estado, exatamente como fizeram os integrantes das torcidas organizadas de Atlético Paranaense e Vasco, que já saem armados de casa, mas não para praticarem corrupção, mas crimes contra os torcedores mais fracos e desprotegidos pelo Estado!

Como conclui o Bóris Casoy, nas matérias de denúncia que faz pela televisão, colocando sua língua para fora da boca: “isso é uma vergonha”!

carlos da costa
Enviado por carlos da costa em 09/12/2013
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