Quem eu sou?!
Sou o silêncio da espera. Sou a gota do orvalho, como algo que refresca, mas que pela insignificância não é notado. Sou o cabelo desarrumado, a inquietude expressa na face após o último gole de água que mata a sede.
Sou a compostura de um andar com elegância e sem pressa. Sou algo ainda não revelado, mas que espera.
Que tem guardado sentimentos e palavras como que num molde e ainda não estão prontos para sair.
A missão representada pelo afeto de um abraço e a lágrima da saudade que cai pela lembrança de um pequeno fato. Daqueles fatos que não custam nada pra ninguém. Que depende apenas de pequeno esforço e vontade de agradar.
Por algum tempo pensei em ser o nada, porque o silêncio por vezes é interpretado assim. Mas as palavras se remexem dentro de mim querendo sair; Sofrêgas e vermelhas, flamejantes. Porém sem pressa, apenas à espera.
Como um boato que se anuncia de algo revelador. Que nos faz abrir os olhos mais que o normal e faz um frescor percorrer nosso ânimo. Nada que nos alegra, nem nos entristeça, apenas é.
Como se não soubesse e agora sei; que sou!