Ou
E há dias que você sente que chegou ao fundo do poço, é fim de linha...você cava o chão debaixo dos seus pés com as próprias unhas até sangrar...e quanto mais você cava, percebe que não há nada mais.
Num último fio de esperança, você reúne as forças que lhe restam e tenta até o último suspiro, mas, então, suas retinas cansadas não enxergam luz no fim do túnel. Suas mãos calejadas, seus músculos doloridos, sua boca amarga...simplesmente desabam e você deita-se sobre a própria dor, como se ela fosse o veneno e o unguento.
Então, você se senta encolhido em posição fetal, abraçando-se em silêncio porque não há ninguém nesse mundo que possa lhe abraçar com tanta intensidade.
E, num instante, o nó na garganta se desata e um rio de lágrimas escorre pela sua face banhando seu sofrimento. A dor é tanta que as lágrimas inundam tudo.
E, quase sem querer, você percebe que suas lágrimas podem ser sua salvação ou seu fim.
Ou você se afoga nelas ou aprende a nadar...