A "MÁSCARA" CAIU. DIRCEU DESISTIU!
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Crônica escrita no dia 5/12 e não postada porque fiquei sem internet.
Embora José Dirceu tenha desistido do emprego atirando para todos os lados contra a imprensa livre, democrática, ágil e responsável, a máscara caiu e o que deveria ser o emprego dos sonhos do ex-ministro da Casa Civil do Governo Lula, José Dirceu, condenado pelo crime do “Mensalão” a sete anos e onze meses e mais dois anos e onze meses por formação de quadrilha, com outros políticos e ex-políticos, está se transformando em um grande trapalhada para não escrever “palhaçada” e está deixando o juiz da vara de execuções do DF e o Ministro do STF, Joaquim Barbosa, com um abacaxi nas mãos para ser digerido. O emprego dos sonhos, com o salário de R$ 20 mil reais por mês oferecido ao ex-ministro para gerenciar o hotel de luxo no Distrito Federal está se transformando em uma farsa em família para enganar o Poder Judiciário ou em um embrulho maior do que foi o “mensalão”, com desdobramentos imprevisíveis e hilários.
De um lado, para começar a cumprir a pena em regime semi-aberto, o ex-ministro terá que provar que tem emprego fixo com carteira assinada e isso ele já fez. Do outro, o ex-ministro condenado tem esse direito previsto no Código de Execuções Penais. No meio fica o juiz de execuções penais para decidir e fazer e cumprir o que a Lei prevê. Tudo começou com um contrato para ter direito de cumprir a pena nesse regime, foi desmascarado como uma farsa porque ele trabalharia no Hotel St. Peter como gerente administrativo, recebendo R$ 20 mil reais por mês, enquanto a gerente geral receberia apenas 1.800 reais e mais participação no lucro do hotel, que é uma atividade sazonal. A imprensa livre e democrática descobriu que tudo era uma armação para beneficiar o condenado, oferecido por um amigo seu que tinha participação minoritária de um real apenas no hotel quatro estrelas da Capital Federal!
Diante dos fatos provados em contrato com a CTPS assinada, o advogado e ex-ministro condenado requereu ao Ministro Joaquim Barbosa, do STF que o libere para “administrar” o hotel St. Peter, de seu amigo, localizado no SHS (já mudou de propriedade várias vezes) e, no final de seu expediente de trabalho, retornar a cadeia da Papuda e passar as noites dormindo na prisão, cumprindo a pena no regime semi-aberto! Agora desistiu, para não macular empresários “sérios que queriam ajudá-lo”.
Teve muito cheiro ruim e fedeu muito a água fétida em que se transformou o contrato de José Dirceu. De uma hora para a outra o contrato que seria dos sonhos se transformou em apenas um golpe desistido pelos advogados José Luis de Oliveira Lima, Camila Torres César e Daniel Dienel, e também em um grande pesadelo para o Ministro Joaquim Barbosa. Mas como Dirceu desistiu do contrato, o Ministro não terá mais o que fazer! No contrato, o Hotel pertenceria a uma empresa no Paraíso Fiscal no Panamá, pertencente a uma pessoa pobre que desconhecia a existência do Hotel St. Peter. Na CTPS que os advogados apresentaram no STF existia um contrato adicional que dizia que o contratado sem entrevista: “tem plena ciência e anui com as condições do empregado no sentido de cumprir a atividade laboral, seja no tocante a horário, seja por outra exigência a qualquer título, relativamente ao regime semiaberto ou outro que seja determinado pelo poder judiciário para cumprimento da pena a que foi submetido em razão da condenação na ação penal 470, em trâmite perante o Supremo Tribunal Federal”.
Agora, como José Dirceu desistiu do emprego, só restará ao Ministro do Supremo, Joaquim Barbosa, aceitar sua recusa. Mas direito de trabalhar o Código de Execuções Penais, lhe garante como medida para de retorno à sociedade! Mas não precisaria ter um desfecho tão pirotécnico como teve!