Se abrirem

Sentei num banco de madeira da praça,

Olhei o tempo, tomando um copo de café expresso

Não há nada pra se fazer nesse inicio de tarde,

Há não ser olhar pro céu nessa manhã

Doeu perceber seus instintos saindo de mim,

Como se todo aquele amor fosse em vão

Que não tivesse mais sorte, mais perdão

Foi um ato de desespero meu não soltar seu braço,

Quando a música tocou seus olhos plidaram

Foi a primeira vez que vi seus olhos lacrimarem

Por alguém que estava tão próximo,

E ao mesmo tempo tão distante de você

Foram vergonhas entre dores de amores e cotovelos

Foram tantos atos impensados,

Que por mais que se pense e se ache sua resposta

Não iria se formar outro igual ao de antes

Me vi sem um meio de sair

Tudo parecia infundado, improvável

Como um mar sem água, um sol sem raios

Mas foi o que houve quando fiquei imaginando você ao meu lado,

Me dizendo o que tapei os ouvidos pra escutar

Me mostrando que nada iria ser novamente

O que tinha pra ser de em melhor

Em um dia do qual parecia ser não acabar tão cedo,

Mas acabou e os caos estão nos ferindo os pés e mãos

Não dá pra adiantar suas feridas

Sendo que o que nos resta e curar os buracos que sobraram

Pra nunca mais voltarem e se abrirem.

Naty Silva
Enviado por Naty Silva em 05/12/2013
Código do texto: T4599780
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