O PRIMEIRO LIVRO.
Pela manhã saio com minha neta de seis anos como faço habitualmente quando possível e suas “obrigações” (esse termo me incomoda para sua idade) permitem. Vamos passear pela rua de muito movimento, a Oscar Freire de Niterói, Moreira Cezar, passando antes pelo Parque do Campo de São Bento.
Na rua das grifes e shoppings sento e tomo café com ela, também gosta de um cafezinho com pães de queijo. Depois fomos na mais importante livraria de Niterói, Gutemberg, na mesma rua. Ela escolheu livros e um deles me deu, pegou e disse “é para você”. O título me comoveu, como ela sempre consegue, “ O Melhor Vovô do Mundo”. Um livro em formato redondo e pequeno, com uma fita vermelha como se fosse para pendurar no pescoço, como uma medalha.
Dentro vários dizeres, “você é o melhor vovô do mundo porque....porque seu coração está sempre no lugar certo...porque é grandioso poder conversar com você...porque você consegue acalmar as coisas sempre que elas saem de controle...porque você está sempre me olhando pronto para me ouvir...porque nós mesmo sem palavras conseguimos nos entender, isso a cada página e tantas e tantas outras expressões que maravilham.
O gerente da livraria, meu conhecido, queria me prestar contas de livro meu que lá vende e se aproximou. Apresentei minha neta e disse para ele, ela já tem uma pronúncia de inglês de dar inveja. Falei para que falasse em inglês monstro, “monster”, e meio intimidada falou o que pedi. O gerente impressionado chamou vendedores e disse olha só que pronúncia.
Mas ela comprou um livro, “angry birds”, passarinho malvado e pedi para ela falar também, ELES BABARAM COM ELA, EU MUITO MAIS.
Pela noite foi sua festa de recebimento no colégio de seu primeiro livro. Lá estava eu sumamente orgulhoso, linda e esbanjando simpatia nossa Giovanna. Que possa ler muito e colocar sua maravilhosa graça e inteligência a serviço do bem.
Sentada em uma mesinha, ela dava autógrafos no teatro para a família da sua primeira criação, o que cada criança fazia. Seu livrinho, obra exclusivamente sua, sem influências, “A VAMPIRA”, narra que uma vampira bebia a água destinada aos passarinhos e ela descobriu porque faltava água para eles, e ela mesmo, Giovanna, personagem do livro, foi conversar com a vampira e mostrar que aquilo era malfeito, e entrou em acordo com a vampira demovendo ela da ideia de continuar com essa conduta. Que sempre possa mostrar o que é bom essa queridissima menina. Minha maravilhosa neta.