Falsas confraternizações

Dezembro é um mês mágico, muita gente deixa o amor entrar. Janeiro seria o mês onde o amor sai. Deve ser coisa da ressaca natalina ou do desapego às coisas velhas, coisas do réveillon. Mas não é disso que quero falar. Quero falar do dito cujo “amigo secreto”.

Todo ambiente onde tem aglomeração de egos, sempre tem um (in)feliz que sugere “Vamos fazer um amigo secreto?”. Os cínicos costumam comemorar a ideia, os revoltosos costumam se calar e os “tô nem aí” fazem cara de paisagem. Sinceramente, não vejo sentido em juntar pessoas pseudo-felizes comemorando algo que elas nem sentem. Enfim...

Os cínicos conspiram para tirar o amigo, os revoltosos não gostariam de estar ali (qualquer pessoa estaria "bom") e os “tô nem aí” continuam com a mesma cara. Já vi amigos secretos roubados, ou seja, algumas pessoas armam para que todos tirem os seus amigos queridos. Isso é tudo, menos amigo secreto.

Agora, vem a hora onde se pensa em comprar o presente. Tem o mão de vaca que grita “vamos estipular o valor do presente”, mas sempre tem os que compram em loja de R$1,99. Falando nisso... Já notaram que os que dão presente bom, sempre acabam recebendo porcaria? Por aí a gente vê quem dá valor às pessoas e quem faz pouco caso. Dizem que esse ato reflete o que a pessoa é por dentro.

Amigo secreto deveria ser levado a sério e ser feito entre pessoas que se curtem de verdade, mas em época onde as mudanças são rápidas, não se assustem se te convidarem para um “inimigo secreto”, “amigo fura olho” e coisas parecidas que criaram por aí.

Paloma Dias
Enviado por Paloma Dias em 04/12/2013
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