MUNICÍPIO DE IRANDUBA E OS PROBLEMAS SOCIAIS!
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Tiramos o final de semana, eu e minha esposa Yara, para uma visita ao município de Iranduba, do outro lado da ponte Rio Negro, com o propósito de verificar o que teria acontecido com àquele que se juntou por força de um decreto instituído em 1987, à Região Metropolitana de Manaus, juntamente com mais outros, durante o Governo Eduardo Braga. E por que Iranduba e não qualquer outro município da mesma região metropolitana? Porque todos os focos iniciais de desenvolvimento apontam para o município do outro lado do Rio Negro, em frente a cidade de Manaus, cuja distância ficou curta depois da inauguração da ponte.
Minha esposa dirigindo com cuidado e eu sentado no banco ao lado, chegamos do outro lado da ponte Rio Negro, de pouco mais de três quilômetros de distância, e muito dinheiro gasto com a obra, em pouco mais de seis minutos, seguindo na velocidade indicada para o local de 60 km por hora.
Mas, enquanto minha esposa dirigia, eu analisava e via o primeiro sinal de progresso da engenharia: da travessia de balsa pelo Rio Negro, com vento batendo ao rosto, cheiro ruim da fumaça e o barulho estridente do motor a diesel, entramos na Ponte Rio Negro, sentindo apenas barulho do motor do automóvel e o frio do ar condicionado, olhando a paisagem e admirando a imensidão do Rio Negro, agora sentindo o vento que vinha da ponte e admirando suas praias e, ouvindo o rolar suave barulho dos pneus sobre a ponte de concreto.
Do outro lado, encontramos os primeiros sinais de desenvolvimento imobiliário com retrocessos sociais e de infra-estrutura, pela falta de internet banda larga de qualidade prometida mas não cumprida desde 1977, impedindo que muitos restaurantes à margem da Estrada AM-070, não possam funcionar como deveriam, aceitando cartões de crédito ou débito direto porque é perigoso se andar com dinheiro hoje em dia. Contudo, tenho informações de que pelo menos umas 70 indústrias do pólo industrial de Manaus devem migrar para o Município do outro lado da ponte, mas esperam mais melhorias prometidas para que se torne possível a mudança. A falta de internet é uma delas, talvez a principal porque hoje o mundo não funciona sem uma internet de qualidade e a um preço justo!
O Governo já deu início à construção da chamada “Cidade Universitária”, um grande complexo da Universidade Estadual do Amazonas – UEA, a duplicação da Estrada Manoel Urbano até o município de Manacapuru, 70 km à frente, seguindo depois para Novo Arão, o que permitirá aos turistas o encantamento pela beleza dos botos vermelhos que recebem alimentos das mãos das pessoas e apreciar as “Anavilhanas”, o maior complexo de ilhas do mundo, em frente ao Município de Novo Ayrão.
Ao lado e em frente à entrada da “Cidade Universitária da UEA”, dois empreendimentos imobiliários estão sendo arguidos, visando receber a demanda de alunos que vão estudar no Campus da UEA. Mas, na estrada AM 070, Manoel Urbano, muitos buracos se fazem presentes na pista ainda estreita e perigosa. Entramos no município de Iranduba, para retirar dinheiro em um Caixa 24 hs. Depois, retornamos a estrada mais uma vez. Motociclistas irresponsáveis com até três pessoas ocupando o veículo sem o uso capacetes ou qualquer outro equipamento de proteção as suas vidas, passavam em alta velocidade ao nosso lado e passavam em frente ao posto policial com soldados da PM, na saída da cidade.
Será que no município de Iranduba o trânsito ainda não foi municipalizado porque não conseguimos ver nenhum guarda de trânsito municipal nas ruas? Se já foi, tem algum problema com a falta de fiscalização de motos porque andam em elevada velocidade e a estrada não possui radar ou fiscalização de trânsito!
A estrada de acesso à Iranduba foi aberta, ficou mais larga, o perigo das curvas foram reduzidos e está quase sem buracos, mas aumentaram os problemas de prostituição infantil, tráfico de drogas, invasões de terras, motociclistas, sem capacetes transportando famílias inteiras, inclusive crianças entre os adultos, sempre em alta velocidade e outros males que chegaram junto com o progresso e a Ponte.
Será que as autoridades municipais estão se preparando para receber de forma tão rápido, o progresso que chegará a Iranduba? Acho que não! Mas não tenho certeza, porque o antigo promotor de Justiça do Município, hoje procurador do Ministério Público, Mirtinho Fernandes, que liderou campanhas contra esses “motocídeos”, movimentos em defesa da construção da ponte, defendeu a cidade dos problemas sociais que começavam a surgir, promovendo atividades em da cidadania e conscientização aos moradores, fugindo um pouco de suas funções como Promotor de Justiça, mas inerentes à atividade do Ministério Público, já não está mais em presente para testemunhar essa falta de vontade de viver dos motociclistas irresponsáveis do Município e dos outros problemas sociais que ainda se apresentarão como resultado do progresso!