Helicóptero, com quatrocentos quilos de pó, pinta no céu o caos.
Por que, dessa vez, não deu certo? Que ventos sopraram tamanha turbulência? Estávamos em plena paz, no reino do faz de conta, e de repente uma poeira branca enubla o céu, acenando para uma tempestade nunca vista, será o apocalipse? Sempre vimos apreensões de pequenas ou grandes quantidades de drogas nos noticiários, mas nunca tivemos matérias que indiciassem os donos das milionárias mercadorias. Apenas assistimos às prisões de motoristas, ajudantes, receptores e distribuidores das mesmas. Que clara luz nos iluminou para essa árdua demanda, e abalou a tranquilidade de sempre? Agora, não basta vermos na TV, nossas polícias destruindo imensas quantidades de pó, incendiando essas perniciosas muambas, “queremos mais que isto”! O que ou quem, fez tocar o trombone?
“Nada!” Sacia a fome que passamos a sentir, depois que aquele helicóptero desceu do céu, no Espírito Santo, pousou com quatrocentos quilos de cocaína, e foi recepcionado pela polícia capixaba, em fragrante. E, esta imediatamente acionou a PF. E a partir de então, se desvelou um inusitado caos. Parece que o helicóptero pintou no céu o horror! Escreveu com todas as letras: “Olhem os responsáveis pela insegurança, pela destruição de almas e famílias”; “Os oneradores de gastos públicos na saúde, segurança, e presídios”; “Leiam, porque para quem sabe ler, um pingo é letra!” Impossível não abarcar o novo sentimento, a fome de justiça! Não clamar por uma investigação séria!
“Nada!” Sacia a fome que passamos a sentir, depois que aquele helicóptero desceu do céu, no Espírito Santo, pousou com quatrocentos quilos de cocaína, e foi recepcionado pela polícia capixaba, em fragrante. E, esta imediatamente acionou a PF. E a partir de então, se desvelou um inusitado caos. Parece que o helicóptero pintou no céu o horror! Escreveu com todas as letras: “Olhem os responsáveis pela insegurança, pela destruição de almas e famílias”; “Os oneradores de gastos públicos na saúde, segurança, e presídios”; “Leiam, porque para quem sabe ler, um pingo é letra!” Impossível não abarcar o novo sentimento, a fome de justiça! Não clamar por uma investigação séria!
Entretanto, todos, estamos como se estivéssemos pisando em ovos. Agonizamos, muitas vezes, em amedrontado silêncio, como se esperássemos as investigações. Enquanto isso, nosso estômago anuncia: “desejamos somente que se prenda o dono do pó, avaliado em até 22 milhões”. Nosso organismo não tolera mais a falta desse novo alimento, que se tornou indispensável ao nosso corpo. A grande imprensa, nossa aliada de outrora, nos tempos de falsa bonança, em que nos presenteava com prisões de pobres e favelados, emudecida, agora, apenas emite flashes, nos mostra os depoentes entrando e saindo de delegacias, e claro nos relata o de sempre, que quatro pessoas foram presas (piloto, ajudante e dois receptores da droga), mas não basta, porque nossa fome está aguçada!
E não nos interessa saber a origem desse esgoto, se a motivação foi sede de justiça ou se quiseram desmantelar a quadrilha que se tornou grande ameaça e fora de controle. Um caos que se perpetuou ao lado da miséria de trinta milhões de brasileiros, da falta de segurança de toda população, da superlotação nos presídios, de negros, favelados, seres humanos que foram aliciados, pelos polvos que habitam nossas instituições, que se transvestem de gente, nos veem como marionetes, e manipulam “o que, quando e quanto”, podemos saber, para manter o status quo. Indignação e repulsa são os sentimentos que nos transpassam, queremos respostas às nossas questões!
E não nos interessa saber a origem desse esgoto, se a motivação foi sede de justiça ou se quiseram desmantelar a quadrilha que se tornou grande ameaça e fora de controle. Um caos que se perpetuou ao lado da miséria de trinta milhões de brasileiros, da falta de segurança de toda população, da superlotação nos presídios, de negros, favelados, seres humanos que foram aliciados, pelos polvos que habitam nossas instituições, que se transvestem de gente, nos veem como marionetes, e manipulam “o que, quando e quanto”, podemos saber, para manter o status quo. Indignação e repulsa são os sentimentos que nos transpassam, queremos respostas às nossas questões!