Época de questionamentos
Época de questionamentos
Fim de ano, festas, Natal. Eu não gosto... Será que estou errado? Ficando chato cada dia um pouco mais? Ou a razão que supera a emoção? Acho que a última hipótese é a que prevalece. Quando criança a emoção supera tudo, a vida pode ser triste, mas sempre há o dia de amanhã e uma alegria vai alimentar tua alma, sem muito esforço, naturalmente. O bom da vida é não pensar!
Agora fico introspectivo e muito chato comigo mesmo (imaginem com os outros), quero férias de mim mesmo, fugir e não pensar no que fiz no ano que termina, em família, amigos secretos e outras brincadeiras... Estou fechado para balanço! Sem poder fechar a porta da loja, vivendo no sistema que massacra, via capitalismo e a mídia da felicidade absoluta, felicidade na certa! Para os outros. No tempo de esquecer a vida eu penso nela. Merda! Porque tão questionador, será a falta dos pais que já partiram? Da criança que não existe mais? O coração duro-pedra que fica só e triste por nada crer, só no pensar racional? Coração quando pensa é burro, empaca, atola-se.
Gostaria de saber se sou o único a não achar graça na graça pronta, na arvore de natal e nos prêmios fantásticos dos grandes shoppings. Com R$ 500,00 em notas de compras vou ter um BMW, viajar para Paris e, com pouca sorte, ganhar uma bicicleta! Como diria o grande Raul Seixas “Eu devia estar feliz por ter um corcel 73”. Não estou!
Pronto, desabafei!
Roberto Solano