TUDO CONTINUA DANTES COMO NO QUARTEL DE ABRANTES
TUDO CONTINUA DANTES COMO NO QUARTEL DE ABRANTES
“Eu quisera ser uma paineira robusta e farta, de flores cor de rosa, dando um toque de amor ao verde-esperança de todos os campos”... Quisera ser a flor aberta no algodoal, dando um toque de paz, ás margens dos córregos e das fontes, cujas águas correm borbulhantes... Quisera se a palmeira altiva desafiando o vento que sopra sobre os montes... (Lino de Oliveira).
Depois do julgamento conturbado do mensalão e atribuído a pena para os infratores, os brasileiros pensavam que o País voltaria à normalidade. Ledo engano, pois a cada dia que passa novos casos de corrupção surgem e deixam os patrícios boquiabertos sem saber o que fazer. Muitos brasileiros amargurados pelo sofrimento, pela falta de emprego, pela violência cruel que domina o Brasil, estão desnorteados e as autoridades perdidas sem saber qual o posicionamento mais viável para tomar, e conter as arbitrariedades que não cessam. Muitos brasileiros estão na linha da pobreza, muitos trabalham na informalidade para sobreviver, outros mais malandros passam a roubar, assaltar, a delinquir e o número de meliantes cresce em proporções geométricas e apavoram, pois os crimes de morte se alastram e o sangue corre nas ruas como riacho fosse. Faz pena e dó e o medo já virou rotina. Padaria é assaltada dez vezes só este ano.
Ações violentas viraram rotina em alguns estabelecimentos de Fortaleza. Comércios, escolas, igrejas e outros locais sofrem com sucessivos assaltos e os prejuízos vão além dos gastos extras com segurança. Na verdade não temos segurança de qualidade, pois com os esdrúxulos acontecimentos a diretriz imanta a fraqueza dos governos estaduais e federais para conter esse câncer que se metasteseia sem parar. Faltam planejamentos de segurança, muitos meliantes condenados estão soltos, visto que, não existem presídios e nem delegacias para comportar tantos infratores. Onde está o rigor da lei? Será que no estado do Ceará a segurança pública carece de um homem de coragem como o inesquecível General Assis Bezerra? Parece que sim. Não se dá moleza para bandidos.
Os Direitos Humanos não cumpre o seu papel, o Código da Infância e do adolescente deixa muito a desejar e alguns setores da imprensa critica a ação de policiais com intuito de angariar audiência e vender jornais. Essa realidade é o panorama triste de nosso estado, que além da seca inclemente, tem que conviver com a violência exacerbada. Achamos que a justiça encurtou os braços e só consegue alcançar fichinhas. Com exclusividade vemos mais um escândalo que abala os cofres públicos brasileiros. “A Dama do Achaque abre o Jogo”. A palavra achaque tem como sinonímia a disposição mórbida habitual, defeito moral e vicio imputação infundada. Investigação sobre o pagamento de propina a auditores fiscais avançam e se aproximam do ex-prefeito Gilberto Kassab. Em entrevista a um meio de comunicação escrito, Vanessa Alcântara, testemunha – chave do escândalo, conta os bastidores do esquema e dá detalhes da vida de luxo que levava ao lado de um corrupto. Segundo Alan Rodrigues jornalista da revista “Isto É”, a investigação sobre o escândalo do pagamento de propina a auditores fiscais da Prefeitura de São Paulo, operado por grandes incorporadoras em troca de desconto no recolhimento de tributos, subiu alguns andares e chegou à porta do ex-prefeito Gilberto Kassab.
“A dama do achaque mantinha um boneco de Al Capone sobre a mesa”. “Eles operavam na gestão Kassab”. “Ele sempre dizia que, se um dia o esquema ruísse, ele seria o primeiro a entregar todo mundo” “Foi uma aflição ficar tanto tempo em silêncio”. A ex- mulher do fiscal envolvido no esquema diz que levava uma vida de madame à custa do dinheiro da corrupção. Seu companheiro Luís Alexandre Magalhães, um dos quatro fiscais presos, revelou à Corregedoria-Geral do Município (CGM)m, ao Ministério Público de São Paulo e à polícia como o grupo do ex-marido operava. Ela também entregou uma pasta recheada de 150 folhas de documentos, que comprovavam a participação no esquema de fraude no recolhimento de tributos e gravações que revelam os bastidores do esquema.
“Sentávamos no tapete, espalhávamos a dinheirama e separávamos em pacotinhos para os quatro integrantes do esquema.” Ela diz que no meio do ano atual, colocou o companheiro para fora de casa. Não aguentava mais aquela relação doentia. Ele chegou com um fusca verde 66 em casa e já tínhamos outros cinco carros na garagem. Eu perguntava pra que tudo isso? Ele dizia que era dinheiro. Eu sempre ameacei denunciá-lo toda vez que apanhava que a gente brigava. Uma vez escrevi um e-mail para a Polícia Federal com poucas informações, dando as pistas sobre a corrupção e citava o nome dele. Afirma ela. Levavam vida de luxo, pois eram donos de motos e veículos importados, Luis Alexandre gostava de passear em iate em Angra dos Reis. Com as declarações as investigações batem a porta do ex-prefeito Gilberto Kassab.
Ela conta que “Certa, ele (seu companheiro) chegou numa obra para fazer uma vistoria, o empreendedor estava sem dinheiro para pagar o achaque e ele levou a televisão do cara”. “A gente ia de avião particular para Angra dos Reis, pegava a lancha dele de 44 pés e dormia em alto mar”. Muita mordomia com o dinheiro público e dando uma de rico e, o pior de tudo é que ninguém desconfiava de um funcionário público que crescia os bens e o patrimônio com o dinheiro que ganhava de seu salário. Quando alguém cresce o patrimônio sem ver para quer é sinal que está furtando alguma coisa ou fazendo traquinagem com o dinheiro de impostos. Na cadeia, preso pela polícia, Luis Alexandre segundo Vanessa Alcântara, era louco e camicase. Será que esse mofará na cadeia ou receberá as benesses da justiça brasileira? Queríamos saber. Segundo o site, (limpinhosecheirosos) O Partido dos Trabalhadores saiu em defesa do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, na polêmica do chamado propinoduto tucano, em São Paulo, com o editorial “Gavetas Vazias” - distribuído pelo Facebook. “O PSDB, simplesmente, pretende transformar em escândalo o fato de o ministro da Justiça ter enviado à Polícia Federal uma carta entregue a ele pelo deputado estadual Simão Pedro (PT), em maio passado”. A carta contém denúncias de envolvimento de tucanos com o esquema de cartel no Metrô de São Paulo, em diversas administrações tucanas.
A partir daí, com a ajuda de certa mídia que lhe presta serviços diários, o PSDB tentou estabelecer uma discussão bizantina sobre a competência de o ministro da Justiça cumprir a lei!”“, diz o texto. O mesmo editorial condena ainda os anos FHC, em que o procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, era chamado de “engavetador-geral da República”. Esse caso também é de um propinoduto. No Brasil, entre os anos de 1995 e 2002, o tucano Fernando Henrique Cardoso lançou uma poderosa sombra sobre a verdade pública, tanto e de tal forma, que o operador dessa lamentável ação de governo tinha o oportuno apelido de “engavetador-geral da República”.
Tratava-se, lamentavelmente, de uma referência a Geraldo Brindeiro, procurador-geral nomeado e renomeado por FHC ao longo desse período para agir como se num mundo bizarro vivesse. Responsável pela fiscalização da aplicação das leis e por zelar pelos interesses dos cidadãos, Brindeiro dedicava-se ao triste mister de esconder as muitas denúncias surgidas contra o consórcio neoliberal que governava – e quase faliu – o País de então. Seguindo o caminho da corrupção: “A quadrilha instalada na prefeitura de São Paulo, suspeita de desviar em torno de 500 milhões de reais, tinha um traço que, definitivamente, não a ajudou: o exibicionismo”. É inacreditável. Em qualquer filme mequetrefe, assaltantes roubam um banco e o chefe ordena que eles fiquem cinco anos sem gastar dinheiro.
O primeiro que compra um carro vai dormir com os peixes. Por aqui, talvez por uma cultura de tolerância com a “corrupção do dia a dia” — como apontou nosso colunista José Nabuco –, o fiscal precisa mostrar que subiu na vida. “Eles teriam que trabalhar 95 anos para justificar o patrimônio que tinham”, afirma o promotor de Justiça Roberto Bodini. O caso mais flagrante é o do agente de fiscalização Luis Alexandre Cardoso Magalhães, o único, por enquanto, que topou a delação premiada e saiu da cadeia (os demais são Ronilson Bezerra Rodrigues, Carlos Di Lallo Leite do Amaral e Eduardo Horle Barcellos). No Diário Central do Mundo (DCM) – O Essencial diz que: “Magalhães tem, em imóveis, um patrimônio calculado em 15 milhões de reais. Oito casas eram na mesma rua. Tinha um Porsche amarelo (O fato de estar na minha garagem não significa que seja meu”, disse ele). Tentou livrar a BMW da apreensão para poder “levar as crianças à escola”. Era chamado pelos comparsas de “O Louco”. Os franceses inventaram uma expressão sábia: “Cherchez La femme”. Procure a mulher. É de Alexandre Dumas (pai). Foi usada depois por Agatha Christie e outros autores de suspense. Magalhães seguiu o script. Duas namoradas — uma ex e outra que seria a atual — surgiram. Vanessa Alcântara, a ex, contou ao Ministério Público que Magalhães assumia publicamente que era corrupto e “roubava mesmo”.
“A gente tinha sempre jantares maravilhosos, viagens muito boas, era avião particular para ir para Angra dos Reis, barco. Isso tudo me deixava muito encantada por ele”, diz ela. Ela engravidou e, por isso, os dois teriam se separado. A criança estava sob a guarda do pai. “Ele falava para os amigos; ‘Ah, eu roubo mesmo’. Ele sempre deixou muito explícito”. Em sua defesa veio a personal trainer Nágila Regina Coelho. Nágila, que declara estar com o homem há quatro meses, rebateu diligentemente as investidas de Vanessa. “É minha hora de falar também, porque a mulher dele sou eu”, afirmou. Nágila esteve na carceragem do 77º Distrito Policial e se impressionou com o estado de espírito do companheiro.
“Ele estava totalmente abatido, não imaginando que isso pudesse acontecer, estava bem triste, bem assustado, emagreceu demais”. Magalhães vai colaborar com as autoridades. Segundo seu advogado, ele corre riscos. As coisas no Brasil acontecem de uma hora para a outra, mas as apurações demoram demais e normalmente os acusados saem ilesos, pois a proteção é muito grande, basta contratar um bom advogado para minorar os problemas. Se fosse um Zé Ninguém com certeza já estaria com os costados na cadeia ou num presídio pagando por pequenos furtos, mas os que roubam muito têm direitos até “embargos infringentes” Pode Freud? Pense nisso!
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI- DA ACE- DA UBT- DA AOUVIRCE E DA ALOMERCE