O Broche
Por Carlos Sena (Da série “Textículos”)


 
Não se pode confundir conhaque de Alcatrão com catraca de canhão. Nem caras, nem alhos, pelo principio da cacofonia. Também não se pode confundir o filho da outra com o irmão do Pluto que também é filho dela. Nem o broche com o brioche se pode confundir. Afinal, onde anda o broche das lapelas femininas diante do substantivo que se transforma no verbo BROCHAR? E o brioche que o diabo amassou?
Porque de repente um homem brocha. Em cada brochada uma decepção deixa as suas pernas mortas de vergonha diante dessa “queda” de firomeza masculina nem mais tanto viril. Primeiro de abril. Primeiro que ninguém viu. Afinal, quem viu o homem que do broche foi  vitima às escondidas nos recônditos das alcovas?
A morte do homem que brocha começa no seu meio. Porque enquanto a mulher usa o broche na lapela, o seu triangulo sem bermudas emudece triste diante da queda do “tacape” desmoralizado pela pressão inconsciente do machismo exacerbado. Afinal, o risco que corre o pau corre o machado. Só que nem todo machado teme o pau e nem todo pau está na condição de enfrentamento do machado “cego” sem corte... Assim, enquanto o gato mia, a cobra pica e o amor que fica será sempre o da cobra... Veneno mortal que a falsa moral não ingere porque prefere a revolução do azulzinho – sem mais calor, sem mais retoque, mas cheia de broche que não sucumbe ao deboche que as mulheres fazem diante do pinto que claudica... Fica a dica: não confunda  o broche da vizinha com a brochada do vizinho...