AFINAL, PODEMOS AFIRMAR QUE SOMOS AUTÔNOMOS OU AUTÔMATOS?

O que corresponde o ideal de beleza do século atual?

Baseado neste questionamento, podemos afirmar que somos autônomos ou autômatos?

Afinal, porque temos, necessariamente, que obedecer cegamente à ditadura que nos é imposta pelos modismos que se nos apresentam como um marco diferencial que nos qualifica como aceitáveis?

Os Hunos, povo bárbaro que, com suas técnicas de guerra, aterrorizou o poderoso império romano, tinha como padrão de beleza, transformar a estrutura do crânio, na parte superior da testa, enfaixando firmemente o topo da cabeça da criança, obtendo assim a forma desejada. Essa deformação correspondia a seu ideal de beleza, que mais tarde foi imitado por tribos germânicas.

No sistema capitalista, onde o que prevalece é o “ter” e não o “ser”, a ditadura camuflada do consumismo, materializa, de forma persuasiva, um irrefutável e desenfreado desejo de compra que, nos torna presas fáceis, escravos de sua vultosa ganância.

A realidade é que à medida que nos deixamos reprimir por uma sociedade que nos massifica como um rolo compressor, absorvendo o néctar de nosso intelecto, abortando-lhe o pensamento crítico, tornando-o estéril, apenas meros repetidores de dados, não podemos afirmar que somos autônomos e sim autômatos, sem poder de decisão, simplesmente marionetes nas mãos dos “senhores” do nosso destino.

ROGÉRIO RAMOS
Enviado por ROGÉRIO RAMOS em 29/11/2013
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