A CARAVANA PASSA
Feriado da Proclamação da República, todo mundo querendo jogar conversa fora - fomos para o Aconchego, um restaurante rural aqui bem pertinho, para comer (de novo) uma galinha com quiabo, depois de saborear a caipirinha mais gostosa da América do Sul.
Digo da América do Sul na certeza de que em outra parte do mundo não conheci caipirinha igual à nossa, pelo menos igual à do Jorge, o dono do Aconchego, e que ele prepara com o requinte, o capricho e o carinho de quem sabe conquistar clientes e amigos.
Também, como a idéia aqui é falar sobre a caravana que passa, não pretendo me alongar no tema "cachaças que se bebem no planeta", pois sei que a variedade é proporcional aos gostos e criatividade dos povos. O saquê dos japoneses, por exemplo, é uma delícia. So não sei se no Japão a caravana passa no mesmo ritmo que passa aqui.
Será ?
Bem, então fomos para o Aconchego.
O Jorge me trouxe essa tal melhor caipirinha da América do Sul e fiquei por ali, no ócio, enquanto a galinha prometida era depenada e o quiabo picado. Tudo fresquinho, produzido lá mesmo.
Eu bem que já sabia que o final seria soltar a imaginação na rede que fica segura entre dois grandes pés de acerola. Já sabia, também, que muitas das pessoas desfilariam com tilápias nas mãos, orgulhosas do sucesso da pescaria.
Lá é assim. Tudo muito livre, muito bonito, muito gostoso.
Aliás, foi lá, na propriedade vizinha, que nasci.
Isto não é uma beleza ?
Aos poucos os amigos foram chegando, os vizinhos de mesa se comunicando, gente que não se via há algum tempo se abraçando, conversa mole rolando, crianças correndo pra piscina e suas lindas e cuidadosas mães gritando.
Opiniões as mais diferentes sobre o Brasil e o mundo. Jornalistas, repórteres, economistas e auditores não faltaram, claro.
Todos falando sobre tudo - (sobretudo) sobre mensalão, sobre internet que funciona e internet que não funciona, carro novo que é barato e carro velho que é caro, café com preço baixo e agricultor com dívida vencendo, chuva enchendo o Sul e seca esvaziando o Norte, quem vai prender quem e quem vai ficar doente pra não ficar preso, os melhores do The voice Brasil . Enfim, cultura geral ...
Mas o que mais me encantou e meu celular não resistiu e capturou, foi essa cadela (não confirmei o sexo) que, no meio daquela barulhada, dormia (tranquila) entre camomilas perfumadas e amarelas.
Ela sabe que a caravana passa.
E, ja que passa, como toda caravana, ela (a cadela) náo ladra.
Dorme.
Feriado da Proclamação da República, todo mundo querendo jogar conversa fora - fomos para o Aconchego, um restaurante rural aqui bem pertinho, para comer (de novo) uma galinha com quiabo, depois de saborear a caipirinha mais gostosa da América do Sul.
Digo da América do Sul na certeza de que em outra parte do mundo não conheci caipirinha igual à nossa, pelo menos igual à do Jorge, o dono do Aconchego, e que ele prepara com o requinte, o capricho e o carinho de quem sabe conquistar clientes e amigos.
Também, como a idéia aqui é falar sobre a caravana que passa, não pretendo me alongar no tema "cachaças que se bebem no planeta", pois sei que a variedade é proporcional aos gostos e criatividade dos povos. O saquê dos japoneses, por exemplo, é uma delícia. So não sei se no Japão a caravana passa no mesmo ritmo que passa aqui.
Será ?
Bem, então fomos para o Aconchego.
O Jorge me trouxe essa tal melhor caipirinha da América do Sul e fiquei por ali, no ócio, enquanto a galinha prometida era depenada e o quiabo picado. Tudo fresquinho, produzido lá mesmo.
Eu bem que já sabia que o final seria soltar a imaginação na rede que fica segura entre dois grandes pés de acerola. Já sabia, também, que muitas das pessoas desfilariam com tilápias nas mãos, orgulhosas do sucesso da pescaria.
Lá é assim. Tudo muito livre, muito bonito, muito gostoso.
Aliás, foi lá, na propriedade vizinha, que nasci.
Isto não é uma beleza ?
Aos poucos os amigos foram chegando, os vizinhos de mesa se comunicando, gente que não se via há algum tempo se abraçando, conversa mole rolando, crianças correndo pra piscina e suas lindas e cuidadosas mães gritando.
Opiniões as mais diferentes sobre o Brasil e o mundo. Jornalistas, repórteres, economistas e auditores não faltaram, claro.
Todos falando sobre tudo - (sobretudo) sobre mensalão, sobre internet que funciona e internet que não funciona, carro novo que é barato e carro velho que é caro, café com preço baixo e agricultor com dívida vencendo, chuva enchendo o Sul e seca esvaziando o Norte, quem vai prender quem e quem vai ficar doente pra não ficar preso, os melhores do The voice Brasil . Enfim, cultura geral ...
Mas o que mais me encantou e meu celular não resistiu e capturou, foi essa cadela (não confirmei o sexo) que, no meio daquela barulhada, dormia (tranquila) entre camomilas perfumadas e amarelas.
Ela sabe que a caravana passa.
E, ja que passa, como toda caravana, ela (a cadela) náo ladra.
Dorme.