PAIXÃO, AMOR E ÓDIO...
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Sentimentos conflitantes e sempre antagônicos, a paixão, o amor e o ódio são todos ligados por uma fina linha que os separa, mas quando essa fina linha se quebra aparecem dores, sofrimentos, angústias, desesperos, solidão, tristeza e uma pitada de ódio entre os envolvidos. Os três sentimentos, por incrível que possa parecer, têm origem em um só local: no coração das pessoas embrutecidas pela necessidade da sobrevivência no mundo do “ter individual”, hoje mais importante que o do “ser coletivo”. No mundo “ter individual” passa-se a que acreditar não sobra tempo para se pensar no “ser coletivo”. Mas é um engano!
As pessoas que pensam assim se importam cada vez menos com o bem estar do outro, se embrutecem e passam a acumular ódio e inveja dentro de seus corações. Mas, será que isso se faz necessário: o individualismo, a inveja do outro e tanto ódio o coração das pessoas, prejudicando-as? Não seria mais perfeito se a sociedade e a vida fossem mais simples, menos complexa e cheia de disputas para ver quem chega à frente ou quem chegará por último? Tudo simples, assim!
O individual está se impondo ao coletivo dentro da sociedade que deveria ser plural, representando um grave retrocesso social, moral e ético! Mas podemos recuperar esse processo, adicionando uma pitada de carinho coletivo, um pouco de perfume de flores e acrescentando uma pitada de racionalidade no pensar coletivo. Tudo é possível para se transformar o mundo, como sempre diz e acredita o professor de história, jornalista e escritor goiano de Uruana, Dhiogo José Caetano. Mas, essa mudança deve e tem que começar dentro de cada ser individual, como uma bola que gira em destino a um gol depois de chutada. Também como uma bola, ela pode ir depressa ou lenta demais, ao ponto do goleiro agarrá-la porque não se transforma nada se os valores sociais, éticos e morais também não forem transformados. Depende de cada um!
Se todos olhassem mais para dentro de si e deixassem de ficar procurando defeitos nos outros, que também lhes são natos e inatos embora desconheçam e transportarem para dentro de seus corações essas diferenças individuais; se cada um se assumisse como é: gordo, magro, esquelético, se bebe, se não bebe ou outro tipo de bobagem superficial e desqualificada, sem temer críticas da sociedade que impõe escravagista que impõe valores a serem seguidos – mas esquece que o principal valor é o ético, moral e a crença em qualquer coisa, Deus ou no que acredita de verdade os membros da sociedade –, que findam se transformando em raiva, briga entre desafetos que se tornaram as pessoas, o mundo já seria um pouco melhor, com mais amor entre todos. Mas nem sempre as pessoas estão preparadas para aceitar e conviver bem com os diferentes e buscam encontrar em um espelho imaginário de suas mentes, um bem ou modelo ideal imposto pelos valores da sociedade que mudam a toda hora, só para fazer comparações ridículas e inúteis do que poderia ter sido se tivesse seguido as regras impostas.
Os três sentimentos – paixão, amor e ódio – não se misturam, mas também não se separam. Andam sempre juntos e de uma hora para outra, o que era paixão se transforma em ódio e o que era amor se esvai em raiva mútua. Nessa hora, temos que parar e pensar, respirar fundo e fazer uma prece pelo que acredita e continuar seu caminho como se nada tivesse acontecido. Acredito em transformação na sociedade, a partir do momento que se a conhece e os próprios membros da sociedade queiram e aceitam as mudanças propostas. Como dizia K. Marx, “não basta ver e conhecer, tem que transformar”, frase usada para diversas propagandas de inúmeros produtos, como a que diz uma delas: “não basta ser pai, tem que participar”, etc.
Mas como disse a leitora carioca Clarice Clarice, no Facebook, comentando a publicação de uma frase publicada do livro “Mestre dos Magos” dizendo: “algumas vezes, o melhor jeito de convencer alguém que está errado, é deixá-lo seguir seu próprio caminho”. Nessa frase, deixei o comentário “errar é humano, permanecer no erro é burrice e justificar o erro é tolice! É melhor calar”!
Clarice Clarice respondeu ao meu comentário, com dizendo: “explicar é permitido porque as visões são diferentes; mas mudar a explicação; não, porque a verdade é uma só!”. Como você Clarice, eu acredito que a verdade seja uma só. Mas, infelizmente, na sociedade individualista de hoje, quando várias mentiras repetidas seguidamente, se transformam em verdades absolutas e incontestáveis até mesmo para quem mente sem pensar que o amanhã vai revelar a verdadeira verdade, está muito difícil mudar alguma coisa se os valores éticos, moral, social e político, com bons exemplos para a sociedade segui-los, também não forem mudados!
É uma pena!
Mas não acredito em qualquer tipo de mudança na sociedade que não surja como resultado de uma total e completa “implosão social”, de dentro para fora!