QUASE TRÊS ANOS SEM DORMIR DIREITO!
Este fato inusitado aconteceu com uma vizinha do prédio onde moro. Tudo começou quando compramos um carro e não tínhamos nenhuma vaga reservada no estacionamento do nosso condomínio. A culpa foi nossa mesmo. Talvez, como não tínhamos nenhum projeto para comprar um automóvel logo que chegamos, deixamos passar a oportunidade de escolher uma vaga. Então, o tempo foi passamos, os filhos começaram a trabalhar, juntamos algumas economias e então surgiu a necessidade e a oportunidade de comprar um. Foi o que fizemos. Então, ao perceber a nossa preocupação, uma vizinha, por sinal, muito gentil, compreensiva, mas um pouco imatura, tentando nos ajudar, assim falou:
-Olha, quando compramos o nosso apartamento, uma vaga fazia parte do contrato. Mas, como não temos carro e muito menos intenção de comprar um, vocês podem ficar com ela.
Mediante a esta oferta, apenas oferecemos pagar a referida vaga, mas ela não quis receber nenhum centavo. Então agradecemos e, imediatamente, começamos a guardar o nosso carro naquela garagem 'doada'.
Só que, logo depois, aquela vizinha bondosa e repito, imatura, não sabemos os detalhes, ainda bem, pressionada por seu marido, contou-lhe a verdade, sem nenhum subterfúgio. Foi então, a partir deste fatídico dia, que ele passou a brigar com ela por causa desta doação unilateral e, consequentemente, o sossego saiu de férias. Quase toda a noite, na hora de dormir, ele começava com a mesma ladainha. E o sono dela ficava profundamente estremecido. Tentava dormir e ao lembrar das palavras ofensivas do marido uma insônia inoportuna lhe fazia companhia. Por este motivo, até a vida sexual do casal ficou comprometida, frustrada.
O tempo foi passando e esta vizinha guardava o seu sofrimento só para si. Não contava nada para ninguém, nem da sua família. Ia aguentando calada. E este seu sofrimento já ia completar três anos, quando ela resolveu sair da redoma do seu sofrimento e abriu o jogo com a minha esposa. Após algumas evasivas, sem saber por onde começar, falou da dor de cabeça que lhe causou, doando aquela vaga no estacionamento do nosso prédio.
Após lamentarmos bastante esta situação desagradável, para amenizar o seu sofrimento e até mesmo colocar um ponto final neste imbróglio, pedimos que ela chamasse o seu marido e juntos colocarmos esta história em pratos limpos. E foi o que aconteceu. Então, a partir desta conversa franca e amigável, após o dantes inconformado marido entender o desenrolar daquela doação temporária e ficar ciente que a garagem continuava sendo dele, apenas a estávamos ocupando até a nossa mudança domiciliar, ele deu um sorriso e saíram abraçados, comprovando a reconciliação. A partir deste dia, tudo indica que aquela gentil, mas imatura vizinha, deve ter voltado a dormir mais tranquila e até a sua vida sexual deve ter voltado ao normal a topo o vapor, com prazer, literalmente.
JOBOSCAN