"PARESIGA E SOCIDER”
Por Carlos Sena (Da coleção “Textículos”)


 
Perguntado acerca de sua experiência profissional, um candidato a emprego disse na entrevista que tinha experiência como “PARESIGA”. Ao entrevistador não coube alternativa senão perguntar o que seria “paresiga”. O candidato explicou: “eu trabalhava na pavimentação de estradas controlando os carros que iam e que vinham – ficava com uma placa na mão alternando numa PARE e noutra SIGA“!
Diante disso, remeti aos velhos tempos em que eu trabalhava mais diretamente com certos servidores públicos federais, estaduais e municipais. Eles eram mestres em outra função: “SOCIDER”! Algo como o chefe que pedia para o servidor fazer alguma atribuição fora da rotina e logo vinha a justificativa “SÓ SE SER”. Hoje, diante das imensas inovações do mundo do trabalho, com o dimensionamento dos já conhecidos “consultores”, SOCIDER virou uma resposta bem sintonizada com boa parte deles. O pior é que o SOCIDER não dá condições gerenciais objetivas de se ter certeza acerca da veracidade, considerando que os processos inerentes às consultorias se submetem, não raro, aos valores de cada pessoa e, neste sentido, cada um tem seus movimentos particulares que poderão certamente corresponder à verdade concreta. Independente, o mundo do trabalho está sendo alargado por certos nomes que, mesmo considerando o aspecto jocoso, tem no fundo um pouco de verdade acerca do que significam.
Sempre que passo nas estradas de rodagem em que estão lá os “pare e siga”, vejo quão sofrida é a vida deles e sempre fico me perguntando: será que usam protetor solar? Em relação ao “só se der” não tenho correlação de fazer uma pergunta acerca da proteção. Será?