Lazer
na terceira idade
Estou de volta a Salvador depois de um mês perambulando por algumas cidades da bela Europa. Andei por Londres, Brixelas, Bruges (uma gracinha!), Amsterdam, Berlim, Barcelona e Lisboa.
Estive, também, no arquipélago das Canárias visitando duas de suas ilhas: Lanzarote, descoberta em 1312 pelo navegador genovês Lanzelot Malvisel, e a linda Tenerife.
Lanzarote é uma ilha formada por numerosos vulcões adormecidos, o que a diferencia das demais ilhas do arquipélago canarino.
Atravessando-a, a gente faz "uma viagem extra-terrena", como observou minha guia, mostrando a exuberante paisagem que emoldura a ilha. Portanto, imperdível, como diz minha amiga Denise Godinho, dona da Agência de Viagens Denytur.
Tenerife é a maior ilha do arquipélago das Canárias. Lá serviu o general Francisco Franco Bohamonde pouco antes de se apossar, como ditador, do governo da Espanha.
Lá, no dia 19 de março (dia de São José) de 1534, nasceu o padre José de Anchieta. Um pouco sobre esse jesuíta, ligado à nossa história pátria. Anchieta morreu no Espírito Santo, no dia 9 de junho de 1597. Discute-se, até hoje, qual o destino dado aos seus restos mortais. Para o cronista capixaba Rubem Braga, os despojos do padre "não estão em parte alguma mas espalhados por Europa, França e Bahia."
E completa o nosso sabiá da crônica: "A relíquia verdadeira é o espírito de Anchieta trilhando os caminhos humildes da terra do Brasil, ajudando um país a acontecer." Qui belo!
Meu Notebook. No meio da viagem, cadê meu Notebook. Aconteceu em Berlim o curto-circuito que danificou o carregador que alimentava a bateria do meu Dell. Fiquei p da vida. Por onde fui passando, procurei solucionar o problema, até comprando outro carregador. Não consegui. Meu Notebook foi pro fundo da minha mala.
Silenciamos, meu Dell e eu. Dirão os senhores que eu poderia ter procurado os cibercafés, para continuar escrevendo. Dividindo, como pretendia, com meus amigos, pelo Facebook, as alegrias vividas no meu périplo pelo velho Continente.
Não valia a pena: o acesso à Internet nesses cibers, em toda a Europa, é caríssimo. Em alguns hoteis, por um acesso de uma hora, paga-se muitos Euros. Raros são os que nada cobram dos seus hóspedes.
Quem gosta de mexer com computador sabe perfeitamente que em uma hora nem sempre a gente escreve (e-mails, por exemplo) ou ler o que se deseja.
Sem meu Dell, embarquei no navio Preziosa de volta ao Brasil; de volta à Bahia; de volta a Salvador. Foram 12 dias navegando!!! Sendo que seis, era só mar e céu: é na travessia do Atlântico, trecho entre a ilha de Tenerife e a capital baiana.
Uma viagem maravilhosa! O Preziosa é o maior e o mais moderno navio da MSC Cruzeiros, empresa italiana de propriedade de Gianluigi Aponte, marido da atriz Sofia Loren.
O MSC Preziosa é uma festa 24 horas.
Para uns, ele é um Shopping de luxo; para outros o Preziosa é uma pequena e bela cidade; e há ainda os que o comparam a um enorme hotel cinco estrelas. Acho que ele tem de tudo um pouco.
Mas ele é um divertimento caro. No Preziosa nada é de graça. Uma coca-cola, nessa viagem, custava 2,70 Euros; uma cerveja, 4,50 Euros. E - pasmem! - por uma garrafa de água mineral pagava-se 2,30 Euros.
Era consultar a cotação do dia, e saiber quantos reais eram precisos para se matar a sede no maravilhoso navio cruzeiro. Pelo menos uma vez na vida vale fazer esse passeio por esse mares distantes.
E quando se chega à terceira idade, é a hora de navegar; não só para apreciar, mas para sentir mais de perto a grandiosidade dos oceanos e a imensidão do céu.
E, de quebra, receber o carinho das doces gaivotas e das ladinas fragatas, em voos rasantes e ornamentais, sempre que o barco se aproxima de uma ilha ou do Continente.
Não por acaso, 90 por cento dos passageiros do Preziosa tinha mais de meio século de vida. Curtiam felizes, alegres e sorridentes o prazer de viajar.
NOTA - Na foto, Felipe Jucá em Lanzarote, pertinho de um dos vulcões que fazem a ilha.
na terceira idade
Estou de volta a Salvador depois de um mês perambulando por algumas cidades da bela Europa. Andei por Londres, Brixelas, Bruges (uma gracinha!), Amsterdam, Berlim, Barcelona e Lisboa.
Estive, também, no arquipélago das Canárias visitando duas de suas ilhas: Lanzarote, descoberta em 1312 pelo navegador genovês Lanzelot Malvisel, e a linda Tenerife.
Lanzarote é uma ilha formada por numerosos vulcões adormecidos, o que a diferencia das demais ilhas do arquipélago canarino.
Atravessando-a, a gente faz "uma viagem extra-terrena", como observou minha guia, mostrando a exuberante paisagem que emoldura a ilha. Portanto, imperdível, como diz minha amiga Denise Godinho, dona da Agência de Viagens Denytur.
Tenerife é a maior ilha do arquipélago das Canárias. Lá serviu o general Francisco Franco Bohamonde pouco antes de se apossar, como ditador, do governo da Espanha.
Lá, no dia 19 de março (dia de São José) de 1534, nasceu o padre José de Anchieta. Um pouco sobre esse jesuíta, ligado à nossa história pátria. Anchieta morreu no Espírito Santo, no dia 9 de junho de 1597. Discute-se, até hoje, qual o destino dado aos seus restos mortais. Para o cronista capixaba Rubem Braga, os despojos do padre "não estão em parte alguma mas espalhados por Europa, França e Bahia."
E completa o nosso sabiá da crônica: "A relíquia verdadeira é o espírito de Anchieta trilhando os caminhos humildes da terra do Brasil, ajudando um país a acontecer." Qui belo!
Meu Notebook. No meio da viagem, cadê meu Notebook. Aconteceu em Berlim o curto-circuito que danificou o carregador que alimentava a bateria do meu Dell. Fiquei p da vida. Por onde fui passando, procurei solucionar o problema, até comprando outro carregador. Não consegui. Meu Notebook foi pro fundo da minha mala.
Silenciamos, meu Dell e eu. Dirão os senhores que eu poderia ter procurado os cibercafés, para continuar escrevendo. Dividindo, como pretendia, com meus amigos, pelo Facebook, as alegrias vividas no meu périplo pelo velho Continente.
Não valia a pena: o acesso à Internet nesses cibers, em toda a Europa, é caríssimo. Em alguns hoteis, por um acesso de uma hora, paga-se muitos Euros. Raros são os que nada cobram dos seus hóspedes.
Quem gosta de mexer com computador sabe perfeitamente que em uma hora nem sempre a gente escreve (e-mails, por exemplo) ou ler o que se deseja.
Sem meu Dell, embarquei no navio Preziosa de volta ao Brasil; de volta à Bahia; de volta a Salvador. Foram 12 dias navegando!!! Sendo que seis, era só mar e céu: é na travessia do Atlântico, trecho entre a ilha de Tenerife e a capital baiana.
Uma viagem maravilhosa! O Preziosa é o maior e o mais moderno navio da MSC Cruzeiros, empresa italiana de propriedade de Gianluigi Aponte, marido da atriz Sofia Loren.
O MSC Preziosa é uma festa 24 horas.
Para uns, ele é um Shopping de luxo; para outros o Preziosa é uma pequena e bela cidade; e há ainda os que o comparam a um enorme hotel cinco estrelas. Acho que ele tem de tudo um pouco.
Mas ele é um divertimento caro. No Preziosa nada é de graça. Uma coca-cola, nessa viagem, custava 2,70 Euros; uma cerveja, 4,50 Euros. E - pasmem! - por uma garrafa de água mineral pagava-se 2,30 Euros.
Era consultar a cotação do dia, e saiber quantos reais eram precisos para se matar a sede no maravilhoso navio cruzeiro. Pelo menos uma vez na vida vale fazer esse passeio por esse mares distantes.
E quando se chega à terceira idade, é a hora de navegar; não só para apreciar, mas para sentir mais de perto a grandiosidade dos oceanos e a imensidão do céu.
E, de quebra, receber o carinho das doces gaivotas e das ladinas fragatas, em voos rasantes e ornamentais, sempre que o barco se aproxima de uma ilha ou do Continente.
Não por acaso, 90 por cento dos passageiros do Preziosa tinha mais de meio século de vida. Curtiam felizes, alegres e sorridentes o prazer de viajar.
NOTA - Na foto, Felipe Jucá em Lanzarote, pertinho de um dos vulcões que fazem a ilha.