Feira do Livro de Brasília 2013
FEIRA DO LVRO DE BRASÍLIA 2013
Por Sandra Fayad
A 31ª Feira do Livro de Brasília, reivindicada pelos autores, músicos e demais artistas locais, começou sábado, dia 23 de novembro, e se estenderá até o próximo domingo, dia 1º de dezembro de 2013. Foi montado um galpão de lona no Espaço Cultural da República, onde algumas editoras locais expõem e comercializam livros didáticos e literatura em geral. Sindicatos, academias e associações se fazem representar. Há também representação das Secretarias de Cultura e Educação. Criou-se o Espaço do Autor, outro para o teatro infantil e o tradicional Café Literário, onde são realizadas reuniões e palestras pontuais. A administração da Feira está sob a responsabilidade de Lília Diniz, que é a curadora nomeada, e de Marcos Linhares, que contam também com pequena equipe auxiliar. Percebe-se o esforço dos organizadores e administradores para que tudo saia a contento, contrastando com a aparência de serenidade que transmitem aos participantes e visitantes.
Ao visitar a Feira hoje, fiquei com a sensação de que algo estava faltando. Não havia autoridades presentes. Participantes reclamavam sobre a falta de interesse e apoio institucional. O ambiente poderia ser mais amplo e confortável, oferecendo melhores serviços aos visitantes, já que o GDF anunciou um apoio financeiro de R$1,3 milhão para o evento. Segundo informações de um editor, as Editoras estão pagando em torno de R$12 mil pelo espaço de seu estande, o que provavelmente justifica o fato de poucas se fazerem representar, como ocorreu na 30ª Feira do Livro em 2011 (em 2012 não houve a Feira). A montagem do Espaço do Autor ao lado do Café Literário, sem isolamento acústico, dificulta a realização de eventos simultâneos. A disponibilização de salas no 2º e 4º andares no interior da Biblioteca Nacional é inadequado para a realização de palestras pontuais, devido à distância entre o galpão da Feira e aquele local, o que desestimula o público a se deslocar até lá.
Apesar disso, poetas, escritores e músicos se revezam no Espaço do Autor, discutindo a cultura local e nacional, as técnicas e ações que desenvolvem, e apresentando seus trabalhos, onde fica evidente para o público que há grandes talentos no Distrito Federal. Fica claro também que a literatura independente, embora na condição de desamparada, não se abate diante de dificuldades estruturais ou do descaso das autoridades. Ao contrário, em cada apresentação, é perceptível o empenho convergente para projetos socioculturais de grande valor, discursos pela união de forças pela cultura, e o empenho individual ou em grupo em torno do seguimento educação de crianças e jovens, através de participação direta ou indireta, voluntária ou patrocinada.
O que nós, autores, podemos esperar deste evento? Que os leitores compareçam à Feira, prestigiem nossas apresentações, adquiram nossas obras e divulguem nosso trabalho. Já terá sido motivo suficiente para produzirmos mais e melhores obras para seu prazer e conhecimento.
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