FAZENDO DE CONTA QUE É REALIDADE
Criei um mundinho só meu, um esconderijo, que para não sofrer joguei fora a chave e agora não sei como sair. Preferi permanecer por segurança, pois ainda sou aquela garotinha que olhava o céu por trás daqueles óculos, apenas cresci por fora.
Nem sempre encontro alguém que me entende, nem sempre quem me ama me entende, então me perco entre o certo e o errado em fração de segundo. Nunca questionei minhas atitudes, pois sempre as admirei. Não sou uma menina má, também não sou uma menina boazinha como nos contos de fadas, sou apenas eu, e quero que gostem de mim por exatamente por isto!
Crescer não é fácil, estou em contramão com minhas escolhas. Premeditei um futuro brilhante, mas ele teimou em sair das minhas rédeas. Estou tendo que me acostumar com a senhora paciência, e com o com o ato de cancelar um plano como se cancela uma consulta chata com o dentista, e assim, percebo que os sonhos que anotei na lista dos 18 anos estão se tornando abóboras depois da meia-noite de todos os dias.
Espero que as coisas mudem, para melhor. Nunca deixei de acreditar em mim, mesmo quando tive motivos para não acreditar. Ser jovem é ter medo de fracassar e ao mesmo tempo acreditar que é possível mudar o mundo. E quando criei um mundo só meu foi para nunca deixar de sonhar. Sempre quando penso em desistir procuro àquela garotinha dentro de mim que teima em dizer que eu vou conseguir. Não posso decepcioná-la!