PIERINA & ARGEMIRO
Pelo andar da carruagem não tinham pressa nenhuma. Faziam bem, muito bem. Pressa de quê, pressa para quê, em idades avançadas daquelas? Um selinho, se tanto – e tanto pra quê? –, lhes faria bem danado. Acho eu. Mas achar vale nada.
Filhos, netos e bisnetos se opuseram à aproximação. Todos de olho na herança inexistente. Todos preocupados com o trabalho, dobrado, à vista.
PIERINA se foi, aos 90. ARGEMIRO, aos 92.
Jamais “ficaram”.
Juntos, aos 30, 32, fariam sucesso. Sem dúvida.
Paciência.
(orlandosilveira1956.blogspot.com)