INVOLUÇÃO. EVOLUÇÃO. SER.

Chegamos a uma altura na vida onde se inicia a involução. Não a involução física, verdade absoluta pelo desgaste desde que nascemos, mas tudo que diz respeito ao que colhemos como pensamento deflagra a involução. Nada nos é mais enganoso, conhecemos a verdade da vida em todas as dimensões. Nada nos podem mais esconder e tudo podemos perceber. É involução. A evolução foi compreendida. Estagnou e não se trata mais de saber, nada sabemos, mas de entender a vida. Entendemos a vida, bastante, e isto resulta pacífico.

Se vivemos um bom pedaço do que nos é destinado, só o destino sabe quantificar, fica claro que só o amor edifica.

A humanidade ignorou esse princípio; sempre. Há pouca luz e muita vontade de ser. Superficialidades. Precisamos ser úteis, por isso escrevo. Quem sabe ajuda alguém o que escrevo. Alguns têm me sinalizado que ajudei, por isso continuo, fora da minha profissão, principalmente na internet, um espaço um tanto vazio. Comunicação sem valorização, com egolatria e ausência de construção.

Olho a história, tantos querendo ser tanto. Poucos foram algo em memória. E nada dos que foram algo deu muito certo. Continua a corrida do querer ser. No fundo todos nada são. Não é descrédito, é constatação. Esqueceram as pessoas do amor.

Uma felicidade rápida na rapidez da vida, nessa passagem temporal desfeita aos poucos sem percepção da voracidade do tempo, nos mostra que nada é nosso.

Vigora uma fé na poeira e no leito dos ventos, a varrer e neles varrida, sobrevoando altitudes calmas que se desligam de tudo. Evolução que chegou à involução, e estacionou.

Somos imaginação e realidade, mas não somos muito, somos energia. Se o agora, exclusiva verdade, é amor, já somos muito.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 21/11/2013
Reeditado em 21/11/2013
Código do texto: T4580181
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