O buril querendo brilhar mais que o ouro.
Queria poder dizer algo neste dia em que se propõe a exaltação da consciência negra. Queria poder relacionar nomes de personalidades brasileiras representantes da porção afro-descendente que compõe nossa sociedade.
Presenciamos recentemente, embora não seja novidade alguma, atitudes inadequadas por parte de pessoas que deveriam ser muito mais cautelosas em suas ações e palavras, que a grande maioria dos membros da sociedade, exatamente por se encontrarem ocupando cargos ou funções que os colocam em evidência, como formadores de opinião de um país inteiro.
Assim fala, quando fala, o senhor Edson Arantes do Nascimento, vulgo Pelé, cujas palavras não são dignas nem mesmo de comentário. Esse, por sua completa inutilidade, só é lembrado aqui, para exaltar o desperdício de oportunidade, já que espaço midiático é o que não lhe faltaria, se algo houvesse em sua consciência.
Assim vem agindo e parece fazer questão disso, uma das pessoas que tem se tornado sinônimo da falta de humildade, falta mesmo de consciência do espaço que deve ocupar como pessoa pública, antes de tudo.
Ora, se não for assim, que outros motivos teria o presidente do Supremo Tribunal Federal para, após nenhuma pressa por parte de todos os membros daquela côrte no julgamento da Ação Penal 470, o famoso caso do mensalão, emitir em pleno feriado, de forma apressada e mal feita, mandados de prisão contra os condenados?
Qual o motivo técnico, estratégico, ou o que seja, para mandar a Polícia Federal recolher todos os condenados em Brasília, de forma cinematográfica e espalhafatosa, gerando alto e desnecessário custo para o erário público? Mais que isso, gerando descontentamento, críticas internas e mais descrédito na Justiça.
Pois já circulam nas redes sociais, fotos do Ministro Joaquim Barbosa, ao lado do senador Aécio Neves e do governador de Minas, Antônio Anastasia. Dizem as más línguas que já se cogita a candidatura de Joaquim para o governo de Minas. Isso poderia explicar suas atitudes populistas, mas completamente inadequadas.
Joaquim e Edson, dois brasileiros que claramente desperdiçam a oportunidade de manifestar o exercício da consciência negra, da consciência cidadã, da consciência como tal. É uma pena tamanho desperdício, tanto orgulho, tanta vaidade.