Sete Lagoas, cento e quarenta e seis anos de história.
O tempo passa, ficamos mais velhos e cheios de recordações, passamos os instantes de grande entusiasmo, lembramos as viradas dos anos, e nos sentimos seguros no nosso território setelagoano. Olhamos pra trás e percebemos quão mudamos, e não fomos somente, nós, porque nossa cidade também já não é a mesma. Pelos livros podemos conhecer Sete Lagoas, mais antiga ainda, do que podemos recordar, e é quase inacreditável, que um povoado, que se criou há cento e quarenta e seis anos, com a chegada de uma bandeira de imigrantes, possa ser hoje esta próspera cidade. Foram desbravadas matas, conviveram com indígenas, e formaram as primeiras fazendas, que aos poucos foram cedendo espaço para as moradias e comércio. Construíram os primeiros casarões, fundaram a igreja de Santo Antônio, que é testemunha viva do que está escrito e fotografado nas enciclopédias.
As lagoas foram sendo urbanizadas, e a orla da Lagoa Paulino, localizada no centro do povoado, foi ocupada pelo comercio e escola. A Serra de Santa Helena foi agraciada com a construção de uma igreja, e se tornou atração turística com a festa de Santa Helena - os romeiros partiam de madrugada e subiam a serra a pé, carregando mochilas de alimento e água, e durante a caminhada tocavam violas e cantavam canções - Os habitantes trabalharam para construir a acolhedora, Sete Lagoas. A serra ainda detém uma esplendorosa mata aos seus pés, e ajuda a manter os nossos aquíferos.
Entretanto, na minha memória, a saudade traz lembranças que ainda posso tocar, por exemplo: o grupo, Maria Amâncio, situado, na Rua São José; a Igreja da Piedade, as barraquinhas, a deliciosa canjica; os cines Rivelo, Meridiano, e Pepino, mas onde está o Meridiano? Ainda podemos salvar o Rivelo e o Pepino, quem sabe a reforma do “Cine Brasil” na capital, possa servir de inspiração aos nossos políticos? Senão, nossos netos irão conhecê-los apenas nos livros e nas histórias; o mercado municipal, quantos passeios interessantes; Nós, setelagoanos, gostamos muito de barzinhos, e o “Lobo Mau”? Também, não existe mais; Velhos e bons tempos dos bailes no Iporanga e no Democrata, em companhia de pessoas queridas que, já nem estão presentes, como é difícil entender que estes dois clubes fecharam as portas, se estão situados na orla da Lagoa Paulino, como deixamos isso acontecer? O que desviou nossa atenção? Mas ainda estão firmes, teimosos em sobrevier, será que podemos fazer alguma coisa? Será que deixamos de gostar dos bailes? O que os jovens estão gostando de fazer, hoje? Ah! De minha juventude pra cá, ocorreram muitas mudanças.
O Shopping se tornou símbolo de status. Oferece mais segurança, estacionamento, e concentra área de entretenimento e alimentação, substituiu o antigo “Centro”. A Churrascaria Três Marias, fechou, e perdemos a melhor empada de frango da região, da mesma forma que acabaram os cinemas. E recentemente, até construíram um novo cinema, mais moderno, próximo a Lagoa Paulino, que encerrou as atividades - perguntei a uma moradora da cidade, de quarenta e oito anos de idade, porque o novo cinema não deu certo, e, ela não demorou a me responder, que o setelagoano não gosta de cinema, que as salas do shopping também iriam fechar, porque as pessoas daqui gostam é de feiras, como a feirinha da Boa Vista, que serve um delicioso pastel, caldos, e tem produtos regionais direto das fazendas. – e me pergunto, quem sabe se tivessem restaurado pelo menos o cine “Rivelo”, teriam tido mais êxito! Cidades também centenárias, como Tiradentes e Ouro Preto, que optaram por preservar as suas primeiras construções não perderam nada com isso, e ninguém procura lá por modernidades, mas sim, por conhecer as construções do Brasil colonial e as comidas típicas mineiras. É muito triste conhecer a história de Sete Lagoas pelos livros ou internet. Contudo, ainda é possível salvar o que nos resta de nossa história, e restaurar o nosso patrimônio histórico, que está caminhando, para o seu segundo centenário.
As lagoas foram sendo urbanizadas, e a orla da Lagoa Paulino, localizada no centro do povoado, foi ocupada pelo comercio e escola. A Serra de Santa Helena foi agraciada com a construção de uma igreja, e se tornou atração turística com a festa de Santa Helena - os romeiros partiam de madrugada e subiam a serra a pé, carregando mochilas de alimento e água, e durante a caminhada tocavam violas e cantavam canções - Os habitantes trabalharam para construir a acolhedora, Sete Lagoas. A serra ainda detém uma esplendorosa mata aos seus pés, e ajuda a manter os nossos aquíferos.
Entretanto, na minha memória, a saudade traz lembranças que ainda posso tocar, por exemplo: o grupo, Maria Amâncio, situado, na Rua São José; a Igreja da Piedade, as barraquinhas, a deliciosa canjica; os cines Rivelo, Meridiano, e Pepino, mas onde está o Meridiano? Ainda podemos salvar o Rivelo e o Pepino, quem sabe a reforma do “Cine Brasil” na capital, possa servir de inspiração aos nossos políticos? Senão, nossos netos irão conhecê-los apenas nos livros e nas histórias; o mercado municipal, quantos passeios interessantes; Nós, setelagoanos, gostamos muito de barzinhos, e o “Lobo Mau”? Também, não existe mais; Velhos e bons tempos dos bailes no Iporanga e no Democrata, em companhia de pessoas queridas que, já nem estão presentes, como é difícil entender que estes dois clubes fecharam as portas, se estão situados na orla da Lagoa Paulino, como deixamos isso acontecer? O que desviou nossa atenção? Mas ainda estão firmes, teimosos em sobrevier, será que podemos fazer alguma coisa? Será que deixamos de gostar dos bailes? O que os jovens estão gostando de fazer, hoje? Ah! De minha juventude pra cá, ocorreram muitas mudanças.
O Shopping se tornou símbolo de status. Oferece mais segurança, estacionamento, e concentra área de entretenimento e alimentação, substituiu o antigo “Centro”. A Churrascaria Três Marias, fechou, e perdemos a melhor empada de frango da região, da mesma forma que acabaram os cinemas. E recentemente, até construíram um novo cinema, mais moderno, próximo a Lagoa Paulino, que encerrou as atividades - perguntei a uma moradora da cidade, de quarenta e oito anos de idade, porque o novo cinema não deu certo, e, ela não demorou a me responder, que o setelagoano não gosta de cinema, que as salas do shopping também iriam fechar, porque as pessoas daqui gostam é de feiras, como a feirinha da Boa Vista, que serve um delicioso pastel, caldos, e tem produtos regionais direto das fazendas. – e me pergunto, quem sabe se tivessem restaurado pelo menos o cine “Rivelo”, teriam tido mais êxito! Cidades também centenárias, como Tiradentes e Ouro Preto, que optaram por preservar as suas primeiras construções não perderam nada com isso, e ninguém procura lá por modernidades, mas sim, por conhecer as construções do Brasil colonial e as comidas típicas mineiras. É muito triste conhecer a história de Sete Lagoas pelos livros ou internet. Contudo, ainda é possível salvar o que nos resta de nossa história, e restaurar o nosso patrimônio histórico, que está caminhando, para o seu segundo centenário.