ANDO CANSADA DA MESMICE DAS COISAS
Ando cansada da mesmice das coisas. Essas coisas, das quais digo, não são as familiares, pois que as acho tão maravilhosas e penso, com toda certeza do mundo, que se devem repetir cotidianamente. Coisinhas de família são fatos relevantes e que devem estar presentes em nossas vidas, aliás, são os fatos mais importantes, mesmo! Família é o laço usado para aconchegar uniões na embalagem que Deus nos deu.
A mesmice que me cansa é essa de ataques gratuitos, que partem de trincheiras imaginárias, querendo acertar alvos também imaginários. É bem possível que tais alvos nem se deem conta dos ataques. Então, qual seria a finalidade deles (dos ataques, claro)?
Percebo pessoas carentes de afeto, de atenção e de diálogos construtivos, nos quais eu também me incluiria, porque uma roda de conversa saudável á algo tão bom e eficiente! Não estou aqui pregando conversas sérias, de gente chata ou de filosofias infindáveis sobre ser ou não ser. Mas, gostaria, sim, de poder ler aqui gente falando delas mesmas, umas com as outras.
Será que as coisas boas nunca dão certo? Drummond, há tanto tempo já perguntava, “que pode uma criatura, senão entre criaturas amar?”
Eu queria, aqui, escrever um texto claro, que mostrasse que as palavras não precisam ser duras e atiradas, como faziam os meninos da minha infância, com estilingues, nas asas dos pássaros.
Vejo tantos eventos vergonhosos na política de todos os países, inclusive e principalmente no nosso, que procuro confiar na justiça dos homens, mas no fundo, no fundo, sei que essa justiça só será feita em outra esfera. E dessa ninguém escapa.
Escrevi mesmice? É provável, entretanto tentei fugir dela, essa indesejável!
Dalva Molina Mansano
19.11.2013