A borboleta e o vagalume
Em uma bela manhã ensolarada, um vagalume decidiu explorar o pequeno jardim para onde se mudara há pouco tempo. O perfume suave das flores, e o verde intenso das folhagens era um convite á vida. Não deve haver nada mais belo que esse jardim- pensou ele embevecido. Durante algum tempo ele voou absorto, mas de repente algo em uma rosa branca chamou a sua atenção. Ele foi se aproximando devagar e seus olhos depararam com uma linda borboleta de asas azuis pontilhadas de vermelho. A borboleta sentiu-se observada e fez menção de voar. O vagalume pediu para que ficasse, e se desculpou pela ousadia de observá-la tão intensamente. Não quis importuná-la apenas admirava beleza tão pungente. Achando graça da maneira séria do vagalume falar, a borboleta resolveu ficar um pouco mais. Há tanto tempo nada diferente acontecia em sua vida, os dias eram sempre tão monótonos! E o vagalume até que era bonito-pensou ela- Seria até interessante travar conhecimento com alguém diferente. Satisfeito por ela ter ficado, o vagalume começou a falar de diversos assuntos. Queria mostrar que era viajado e culto. A borboleta que desde que saíra do casulo só conhecera aquele jardim, ouvia encantada as narrativas e as bravatas do vagalume. Fazia curiosas perguntas. A partir daquele dia, todas as manhãs eles passaram a se encontrar na mesma roseira. Através das histórias contadas pelo vagalume, a borboleta conheceu aprendeu muita coisa conheceu novos mundos. Soube que existiam lugares bonitos como aquele jardim, mas que também havia muita coisa feia fora dali. Que alguns seres humanos aprisionavam e matavam insetos por puro prazer, espetados em alfinetes. Que crianças malvadas prendiam vagalumes em garrafas ou amarravam suas asas com linhas impedindo que voassem. A maioria morria logo. Com tantos encontros, surgiu um sentimento entre eles mais forte que a amizade. Os dois se apaixonaram apesar das diferenças. Já não se desgrudavam. Voavam felizes por todo o jardim. Tempos depois ele veio falar que partiria dali junto com a família, mas que um dia retornaria. Choraram copiosamente e ela prometeu que esperaria por ele. Ambos juraram amor eterno. Os dias se passaram e o vagalume voltou. Foi encontrar a sua amada na mesma roseira, mas ela não estava só. Tomava sol na companhia de um louva-Deus. Enciumado o vagalume se aproximou e assim que foi visto por ela alçou voo e foi embora definitivamente. A borboleta chorou de desilusão abraçada ao generoso inseto que a criou e cuidou com tanto carinho, e que era considerado por ela como um pai.
Em uma bela manhã ensolarada, um vagalume decidiu explorar o pequeno jardim para onde se mudara há pouco tempo. O perfume suave das flores, e o verde intenso das folhagens era um convite á vida. Não deve haver nada mais belo que esse jardim- pensou ele embevecido. Durante algum tempo ele voou absorto, mas de repente algo em uma rosa branca chamou a sua atenção. Ele foi se aproximando devagar e seus olhos depararam com uma linda borboleta de asas azuis pontilhadas de vermelho. A borboleta sentiu-se observada e fez menção de voar. O vagalume pediu para que ficasse, e se desculpou pela ousadia de observá-la tão intensamente. Não quis importuná-la apenas admirava beleza tão pungente. Achando graça da maneira séria do vagalume falar, a borboleta resolveu ficar um pouco mais. Há tanto tempo nada diferente acontecia em sua vida, os dias eram sempre tão monótonos! E o vagalume até que era bonito-pensou ela- Seria até interessante travar conhecimento com alguém diferente. Satisfeito por ela ter ficado, o vagalume começou a falar de diversos assuntos. Queria mostrar que era viajado e culto. A borboleta que desde que saíra do casulo só conhecera aquele jardim, ouvia encantada as narrativas e as bravatas do vagalume. Fazia curiosas perguntas. A partir daquele dia, todas as manhãs eles passaram a se encontrar na mesma roseira. Através das histórias contadas pelo vagalume, a borboleta conheceu aprendeu muita coisa conheceu novos mundos. Soube que existiam lugares bonitos como aquele jardim, mas que também havia muita coisa feia fora dali. Que alguns seres humanos aprisionavam e matavam insetos por puro prazer, espetados em alfinetes. Que crianças malvadas prendiam vagalumes em garrafas ou amarravam suas asas com linhas impedindo que voassem. A maioria morria logo. Com tantos encontros, surgiu um sentimento entre eles mais forte que a amizade. Os dois se apaixonaram apesar das diferenças. Já não se desgrudavam. Voavam felizes por todo o jardim. Tempos depois ele veio falar que partiria dali junto com a família, mas que um dia retornaria. Choraram copiosamente e ela prometeu que esperaria por ele. Ambos juraram amor eterno. Os dias se passaram e o vagalume voltou. Foi encontrar a sua amada na mesma roseira, mas ela não estava só. Tomava sol na companhia de um louva-Deus. Enciumado o vagalume se aproximou e assim que foi visto por ela alçou voo e foi embora definitivamente. A borboleta chorou de desilusão abraçada ao generoso inseto que a criou e cuidou com tanto carinho, e que era considerado por ela como um pai.