Existe preço para um sorriso?
O mais recente alto investimento que fiz foi viajar catorze mil quilômetros de avião, mais trezentos de ônibus e por fim três quilômetros a pé e valeu a pena: conseguir ver minha namorada e pude ler nos olhos dela uma alegria que só se vê quando se está sintonizado na hora, momento e local certos. Tal felicidade foi refletida no seu sorriso de orelha a orelha. Valeu a pena.
Outra forma de investimento é quando se deixa o orgulho de lado. Hoje,
ao passar no supermercado, vi um homem, devia ter uns quarenta anos, na frente de um caixa do referido estabelecimento com uma lata de leite na mão pedindo que a comprem para alimentar seu filho. Um rapaz se sensibilizou e fez a boa ação. O senhor saiu do supermercado com um sorriso de apenas dois dentes e com lágrimas nos olhos e abraçou o filho que estava no banco da parada de ônibus do outro lado da rua.
Tem uma terceira forma cuja percepção do investimento é notória: o tempo. Quando se solicita um amigo uma solidariedade, um momento de acolhida e ele se coloca à disposição com um sorriso que só Deus com seu infinito amor e felicidade em ajudar tem, percebe-se a doação do que é mais valioso para uma pessoa, o tempo.
Mas o que há em comum nestes três investimentos? O sorriso. Será que um dos sorrisos custou mais que os demais? Só você, leitor, é quem pode responder.