A PAZ NO MUNDO
A PAZ NO MUNDO
“Do escuro menosprezo da Terra, fez Jesus o caminho para os Céus”. (Emmanuel)
Seria motivo de muita alegria e júbilo, se a paz em seu ineditismo viesse ao orbe terrestre e fizesse morada eterna, como preconizou Jesus quando aqui esteve no mundo dos encarnados. Pazear seria o máximo de assertividade para os seres humanos. Jamais devemos perder a fé entre as sombras do mundo. A violência é uma raiz que cresce todos os dias? Sim! Surgiu segundo o livro bíblico, da semente de um fruto proibido na época, conhecido nos dias atuais por maçã. Só que ninguém testificou essa passagem, pois aquela época o mundo carecia de produtos que retratassem os fatos. Mas, no Pentateuco Mosaico está escrita essa passagem. Da semente veio a planta, logo após o fruto, desse à tentação, que segundo religiosos teria sido o início da transformação do sexo em coisa pecaminosa, criador por excelência do “pecado original”. Os primeiros habitantes terrenos, Adão e Eva, depois de expulsos do paraíso pelo “Deus” Jeová, os condenou a viverem as suas expensas. Tiveram dois filhos, Caim e Abel. Foi dessa prole através da inveja de um irmão sobre o outro, que surgiu o primeiro homicídio do mundo. Caim matou Abel.
Na visão oticada daquela época, o amor inexistia. O amor é a lei de Deus que dirige, orienta a vida de todas as coisas, seres e espíritos, para a perfeição. Jeová esqueceu disso? A verdade é que os menos avisados não querem aceitar que Jeová não foi Deus, e sim, o Espírito Protetor de três pessoas: Abraão, Isaac e Jacó. Pregava a violência, o desamor, sem complacência. Era o deus da guerra, não admitia derrotas e a punição era a morte. Ele se fez deus, através da fascinação de Abraão, Isaac e Jacó. A violência continuou nas grandes civilizações: egípcias, romanas e gregas. O império romano foi um dos mais violentos da história mundial. A violência sempre esteve em evidência, tanto nas religiões, como nas demonstrações de forças pelos imperadores e o clero romano da época. A cegueira através do olhar fixo para o sol era uma punição dolorosa na Grécia, a crucificação em Roma era outra manifestação de violência, bem como a degola tão comum no passado.
Quantos seres humanos serviram de refeição para leões famintos? Inúmeros! A violência cantada em prosa e versos no Antigo Testamento, ou a Torá, não condiz com os ensinamentos sobre Deus que possuímos. “A vida tem origem em Deus e está plenamente impregnada de um amor absoluto e integral. Todos os seres e todas as coisas estão integrados no divino concerto da vida que nasceu de seu imenso e poderoso amor”. Os exegetas ainda procuram estudar e encontrar esse amor no AT (Antigo Testamento). Não devemos temer a Deus e sim amá-lo. A Inquisição, as Cruzadas foram fontes inesgotáveis da violência praticada pela Igreja. Os discordantes do clero eram considerados hereges e condenados à fogueira da “santa inquisição”. “Quando Jesus começou a profetizar afirmou: Eu não vim mudar a lei, e sim dá-la cumprimento, mas na realidade mudou, transformando os dez mandamentos em dois - Amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a ti mesmo”.
Veio pregar o amor, a humildade, a caridade, mas pela inveja do homem sofreu até a morte. Crucificado. Deus foi muito complacente com o homem, além do livre-arbítrio, deu-lhe inteligência e instinto para agir como animais. Depois da passagem do Mestre, do Senhor pela Terra a violência não amainou. Vieram às guerras, as revoluções, a escravidão, a bomba-atômica e a luta titânica pela posse de terras. Se o filho de Deus veio ao orbe com intuito de trazer a paz foi exterminado por seus algozes, quem nos dias atuais será o benfeitor da humanidade ou o lutador ferrenho, o antídoto com efeitos de amenizar e exterminar a violência humana? Uma excelente pergunta, para uma boa resposta. Um fator benéfico que deveria ser bem aceito pelo ser humano seria o estudo e a prática da espiritualidade. O homem na sua estupidez passa usar artimanhas malignas sobre os incautos, visando somente o enriquecimento fácil e ilícito, tendo como mola propulsora a religião, a palavra de Deus, a fé dos neófitos, para angariarem fundos e aumentar seus patrimônios. Uma lavagem cerebral aliada ao Marketing dos injustos serve de base para construção do canal que irá transformar a fé dos adeptos em rios de dinheiro para os inóspitos comercializadores da pregação do Evangelho e da palavra de Deus. O pior cego é aquele que além de não enxergar, não quer acreditar. E as autoridades nada vêem e a dominação vai crescendo e se estendendo pelo Brasil afora.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI E ACADÊMICO DA ALOMERCE