Caminhando e Cantando!

Longe de querer ser autoajuda, mas bem perto de parecer confusa. Hoje eu acordei pensando em uma música linda de uma banda regional e lhes dou um trechinho: “Não volte pra casa meu amor, que aqui é triste. Não volte pro mundo onde você não existe. Então, não olhe pra trás, mas não se esqueça de mim.” A voz doce da vocalista faz da música (levemente) triste, um momento de paz. E dos momentos de paz, vão nascendo reflexões que a perpetue ou que acabem com ela. No caminho do trabalho, com os pés no fim de semana, pensava no que fazer ao final do dia pra relaxar. Mal deu tempo de perder a paz com a minha própria ingratidão de ir trabalhar pensando na hora de sair, e avisto uma cena inusitada por estas bandas: numa das movimentadas esquinas, um senhor, acomodado na sombra da calçada, vendia mapas e globos. Meus olhinhos geográficos brilharam. Na dúvida se parava pra comprar ou se fotografava, o trânsito fluía. Oportunidade perdida, segui cantarolando pra manter o clima. Falta de tempo e trânsito são ótimos “tiradores de tranquilidade”. Pra fazer jus à confusão, apesar de acordar cantando, eu confesso envergonhada que tenho me sentindo pouco a vontade em todas as portas que a vida tem deixado abertas pra mim. Mas agradeço mesmo assim. Pra fazer jus à autoajuda, acorde sempre cantando. Ainda que seja uma canção triste. A música há de ser pra sempre uma provocadora de paz.

*Música: "Canção para não voltar"

Banda: A Banda Mais Bonita da Cidade

Composição: Léo Fressato

Marília de Dirceu
Enviado por Marília de Dirceu em 14/11/2013
Reeditado em 14/11/2013
Código do texto: T4570877
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