Alergia - aquele remédio milagroso, que veio do Tocantins...
Alergia - aquele remédio milagroso, que veio do Tocantins...
Estou aqui, vendo uma foto aérea com uma mensagem sobre os 55 anos da minha cidade natal, Turvânia-GO, que fica a 92 km para leste de Goiânia-GO, cidade onde vivo atualmente.
A cidade espalmada numa região plana, às margens da rodovia e, mais abaixo, o lago de uma represa onde vivi muitos momentos bons da infância.
A "represa do Cacau", hoje, do Dr. Leônidas. Quantos momentos bons, passei aí. Por volta dos 15 anos, me ajudou a me livrar das crises de alergia, com a prática da natação, que expadiu os pulmões, a conselho do Dr. Diong, do Hospital Santa Gemma, em Firminópolis-GO, onde passava internado quase todo fim de semana (e, numa ocasião, quase parti desta para a melhor).
"Remédio não vai te curar disso. Se quiser sair dessa, tem que praticar esporte - futebol, natação, basquete, pra expandir estes pulmões e não deixar o foco de infecção se expandir, na hora das crises...", ele me disse.
Basquete era impraticável. Era péssimo no futebol. Então, parti para as corridas e a natação, na represa do Cacau, sempre na companhia do meu primo Velúzio, amigo desde a infância. E isto me ajudou, de fato, em pouco tempo, a superar o problema.
Mas, por algum tempo, ainda era acometido das crises. Meu pai, meio desesperado, foi atrás de um troço meio milagroso, por informações de alguém sobre o homem que o fazia, no que é hoje o Tocantins. O que ele conseguiu foi um vidrinho só. O sujeito o vendeu a meu pai cheio de mistérios, não explicando o que, na verdade, era.
Era estupendo! Algumas gotas daquilo no café, cortavam as crises bem no meio - que alívio! Fiz com que durasse dois anos, para me livrar daquela situação horrível de passar a noite sentado na cama, procurando o ar no ar.
Desde aquela época, tentava descobrir o que era o misterioso remédio oleoso, mas nada de pista, apenas suposições. Só cinco anos atrás, descobri com certeza o que era: banha do fígado de arraia!, conforme disse o Carmo Bernandes, em seu magnfíco (e, todavia, mal editado) "Jângala: complexo do Araguaia"...