SÃO TODOS IGUAIS
Agora eu entendo por que algumas mulheres dizem que os homens são todos iguais. Dois casos recentes comprovam essa teoria. O primeiro aconteceu na China, na província de Guangxi, onde uma noiva se confundiu e fez sexo com um dos padrinhos na manhã seguinte ao casamento, pensando tratar-se do marido. Ela se levantou do leito conjugal para ir ao banheiro e, na volta, desnorteada, errou o caminho e acabou deitando e rolando na cama do padrinho, que não cometeu a indelicadeza de expulsá-la do quarto e terminou a lua de mel que o outro havia começado.
O segundo episódio aconteceu aqui perto, na última segunda-feira, em Araxá, terra de Dona Beija. A mulher acordou excitada com as carícias recebidas em plena madrugada, imaginando tratar-se de uma reação tardia do marido, que dormia em quarto separado por problemas de saúde. Aí...foi só alegria. Até perceber que todo aquele fogo crepitava dos braços e abraços do vizinho.
Em ambos os casos o engano somente foi descoberto quando o Casanova abriu a boca para dizer algo do tipo “foi bom pra você também”? Só então as luzes foram acesas e os maridos chamados para lavar a honra ultrajada. Aqui, o invasor foi preso; lá, a Justiça absolveu o réu considerando que o equívoco foi da chinesinha.
De qualquer forma, fica comprovado, por A + B, que os homens realmente são todos iguais. Se não, como poderiam essas mulheres confundir seus parceiros com estranhos, no momento de maior intimidade? E eles ficam mais iguais ainda depois de uns drinques, parecem gêmeos. Nessas circunstâncias, não se pode exigir das mulheres conduta diferente. É o que chamamos, em Direito, de descriminante putativa. O nome não é muito bonito não. Pode gerar interpretação contrária, desabonadora (Putativa é a mãe!..., ou coisas do gênero).
Mas, se o caro leitor não acredita nessa justificativa, acha que é desculpa esfarrapada das modernas Madames Bovarys, ou acha que estou zoando da desventura alheia, certamente vai acreditar no que aconteceu com um carpinteiro de Taiwan chamado Lee. Ele se separou da mulher depois que comprou e assistiu a um DVD pornô, intitulado “casos com as esposas dos outros”, em que ela transava com um açougueiro, conhecido da família. Aí, sim, não dava para argumentar que a mulher confundiu o serrote do marido com o picador de carne do amante.
De minha parte (e como o Natal se aproxima), eu continuo acreditando em Papai Noel. Eles não são todos iguais?