Algumas vezes, sem perceber, falamos frases que podem parecer, a quem as ouve, outra coisa bem diferente. Eu trabalhava no 10º andar de uma empresa. A máquina de xerox ficava no quarto andar. Meu chefe me pediu uma cópia, urgente. Como o boy havia saído, eu mesma fui fazê-la. Chamei o elevador, entrei apressada e disse para o ascensorista: por favor, me leva pro quarto. Ele, com um sorriso maldoso nos lábios, respondeu: Claro, leeeeeeeeeeeeeeeeeeeevo! É claro que os colegas pegaram no meu pé, até o final do dia. Como se não bastasse, chego à minha baia e o colega ao lado está preenchendo um formulário, no qual tinha que dar uma série de informações. Ele me pergunta: coloco o bairro? Se é casa ou apartamento? O CPF? E eu, inocentemente, respondo: bota tudo, assim fica melhor. Alguém que passava no momento, olhou, fez uma cara de espanto e disse: noooooossa, que gulosa! À noite fui ao cinema e ouvi uma senhora perguntar ao seu companheiro: querido, você quer na frente ou atrás. Fiquei mais aliviada. Não sou a única a dar furos.