HÉROI SINCERO

A multidão batia palmas para ele, aclamava, gritavam : Herói! Herói!

Ele não era herói de nada, mas se a multidão assim falava, palavra do povo é língua de Deus.

- Você ajudou aquela moça! – disse uma senhora - É mesmo um herói!

- Dona, sou nada!

- Claro que é – insistiu a senhora – você se jogou na frente do carro para empurrar aquela moça que seria atropelada. Você é um verdadeiro herói.

- Sou nada, Dona – ele disse – Só fiz isso porque a menina era bonita. Se fosse mulher feia, ou se fosse um cara, eu teria ignorado e passado direto.