O ROUBO DE CAGAS NO BRASIL AUMENTOU!
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O roubo de cargas aumentou no Brasil, sobretudo de aparelhos elétro e eletrônicos produzidos no polo industrial da Zona Franca de Manaus.
Mas não haveria aumento se não houvesse, também, quem adquirisse os produtos eletroeletrônicos roubados. Os comerciantes inescrupulosos que adquirem produtos roubados, também alimentam a violência contra caminhoneiros e transportadores de cargas.
Todos eles são tão ou mais ladrões do que os ladrões que se arriscam nas estradas, montam estratégias, rendem caminhoneiros, desafiam as barreiras policias e às vezes conseguem escapar – outras, não e são presos –. Os comerciantes desonestos, protegidos por uma suposta honestidade comercial, deveriam ser igualmente presos com os bandidos e receber penas maiores. São esses intocáveis comerciantes que alimentam sequestros e mortes de profissionais do volante, deixando famílias órfãs.
Há muitos anos, a Confederação Nacional dos Transportadores de Cargas, junto com a CNT, elaborou projeto propondo que em caso de fiscalização em lojas comerciais de qualquer porte, se não fossem comprovadas com notas fiscais a origem de compra, todo o lotes das mercadorias seriam apreendidos, fruto de roubo ou contrabando e caberia ao comerciante provar que as havia adquirido legalmente e pago todos os impostos. Não sei se esse projeto chegou a ser apresentado e se transformou em Lei. A ideia proposta previa penas pesadíssimas aos comerciantes receptadores de cargas roubadas, maiores até do que para os ladrões que as roubassem, mas não agradou aos comerciantes desonestos!
Também existem outros estudos técnicos e científicos, como o realizado pelo Centro de Estudos em Logística e em todos os resultados são sempre iguais: o roubo de cargas no Brasil tem aumentado muito porque há quem compre as mercadorias roubadas, com a certeza de que nunca serão punidos por ninguém!
Recentemente, um grupo armado de dez bandidos invadiu o Aeroporto Internacional de Guarulhos e roubaram cargas equipamentos eletro e eletrônicos, como máquinas fotografias, televisores, tablts, relógios e muitos outros produzidos no Distrito Industrial de Manaus, avaliadas em milhões de reais. Toda a ousada ação durou 44 minutos e foi filmada pelas câmeras do setor de cargas do Aeroporto. Mas esse é apenas um caso dos milhares que ocorrem diariamente nas rodovias do Brasil! Fruto de um esforço conjunto da CNT, o Centro de Estudos em Logística realizou um amplo estudo e diagnosticou que setores de transportes de cargas aéreas ou por via rodoviária estão totalmente vulneráveis à ação de bandidos cada vez mais ousados e organizados, usando armas de grossos calibres, contra uma policia que os combatem com pistolas ponto 40, revólveres, metralhadoras e que não os intimidam.
Na guerra entre os bandidos cada vez mais organizados, preparados e armados contra a polícia desestruturada, mal paga, que usa armas ultrapassadas, só o Brasil perde e os empresários que produzem suas mercadorias, as despacham, vêem sendo roubadas e nada podendo fazer a não ser contratar escoltas armadas, aumentando cada vez o preço das mercadorias revendidas aos consumidores finais. O Centro de Estudos em Logística – COPPEAD, depois de um amplo estudo técnico, analisando diversos ângulos e fatores, concluiu que:
1. Há diferentes motivações em dois grupos distintos:
a) Embarcadores com menores níveis de formalização organizacionais adoram ações intensivas e tendem a apresentar maiores restrições à terceirização de atividades externas, associadas à distribuição aos mercados e ao suprimento dos fornecedores;
b) Já em relação aos embarcadores do segundo, as oportunidades para são igualmente distribuídas por toda sua cadeia de valor, no entanto, há o receio de que os prestadores de serviços não sejam suficientemente flexíveis na distribuição e nem eficientes em custos, na produção e no suprimento.
Seja uma das duas conclusões a que chegou o estudo, é ridículo porque quem compra as mercadorias roubadas é diretamente responsável e é parte ativa também no processo do aumento no número de roubo de cargas e deveria ser punido mais severamente do que os que os ladrões. Se não houvesse comerciante receptador ou se tivesse a certeza que seria punido junto com os ladrões, essa ridícula e preocupante situação não continuaria sendo estudada e o roubo de carga reduziria ou seria sufocado. E os estudos feitos passariam a ser apenas registros de uma ridícula época em pleno século XXI!