CRÔNICA – Os prazeres da vida – 02.11.2013
 
CRÔNICA – Os prazeres da vida – 02.11.2013
 
          Convidado a escrever uma crônica com o tema em epígrafe, não me fiz de rogado e colaborei. Era uma competição pra ver qual a melhor, a que receberia o prêmio ouro como incentivo. Não demorei dez minutos para escrevê-la. Dei um toque de humorismo, até porque sou brincalhão à beça. Triste fiquei, porquanto ela não recebeu um voto sequer das pessoas que participam do site. Então eu a fiquei chamando de “A crônica que não vingou”, abaixo transcrita:
 
          Lucas era um cidadão pacato. Natural do interior do Estado tinha vida simples com a sua esposa, que também era de origem interiorana, todavia o seu dia a dia era por demais agitado. Adorava visitar amigas mais novas, acostumadas a frequentar baladas incrementadas que se expandiam até altas horas da madrugada. Dançava pra ninguém botar defeito. Paquerava com um dançarino da vizinhança, numa amizade que mantinha em sigilo, mas se alguém quisesse flagrar os dois juntinhos era só comparecer aos bailes semanais. No salão de danças a Prazeres parecia um capeta de tanto requebrar com aquela sua ginga de sambista, e a cada rodada que dava aparecia uma parte de sua calcinha para quem quisesse ver; geralmente branquinha que fazia gosto. Lucas nem ligava pra coisa alguma, contanto que ela não o deixasse, pois a amava profundamente. Numa sexta-feira, a última do mês, sua mulher não retornou pra casa e nem notícias mandara. Indagado por sua curiosa vizinha sobre o porquê da ausência, o pobre limitou-se a dizer: “São os prazeres da vida...”, e entrou.
 
Ansilgus
 
ansilgus
Enviado por ansilgus em 10/11/2013
Reeditado em 10/11/2013
Código do texto: T4564622
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