CIDADANIA E GENTILEZA

Você acredita em cidadania sem gentileza?

Primeiramente, ser gentil não tem relação com ser bobo, ou fazer aquilo que todos querem que façamos. Ser gentil tem uma ligação direta com nosso íntimo, com nossa verdade e com nossa crença e mesmo que tenhamos convicção do nosso objetivo e do nosso potencial, de alguma forma, para as coisas fluírem com mais altivez, é preciso acreditar e contar, não só com nós, mas também com próximo. Muitas pessoas se deparam com a correria do dia-a-dia e acabam acomodando-se e se achando no direito de justificar a falta de sensibilidade na falta de tempo, porém, às vezes o que nos falta é apenas um pouco mais de atenção, ser gentil não exige tanto tempo assim, ser gentil é um estado de espírito, um estado de concentração diária que nos permite perceber o problema ou a dificuldade do outro, que muitas vezes pode ser amenizada com um simples ato de desejar um bom dia ou emitir um sorriso. Ser gentil, em minha opinião, pode, inclusive, ser considerada uma base para a transformação de toda uma sociedade, ou quem sabe de todo o mundo. As pessoas estão tão acostumadas com a frieza e a objetividade do fazer, que quando se deparam com uma gentileza quase se vêem diante de um ‘ato histórico’, como se ser gentil, nos dias de hoje, fosse algo de outro tempo, de outro mundo. O meu pai sempre me diz, “minha filha, às vezes me deparo com tanto egoísmo e tanta individualidade que chego a sentir saudade do tempo em que as pessoas eram gentis, do tempo em que nasciam pessoas realmente boas. Hoje em dia a lei da selva tem se tornado cada vez mais presente na sociedade, mas não podemos deixar que a falta de gentileza para conosco nos cegue e nos estimule a cometer esse mesmo ato com o próximo, o que pode acabar dificultando as relações entre nós seres humanos.” Com isso às vezes penso na estrutura da sociedade. Como lidar com pessoas de diferentes crenças e diferentes costumes sem ser solidário com seu pensamento por mais distinto que seja do nosso? Como poderíamos zelar pelas relações interpessoais, de maneira saudável, sem fazer uso da gentileza? Há um vídeo que transparece a idéia principal de um blog “Gentileza gera Gentileza”, este é o link: http://www.youtube.com/watch?v=IZnntNhlAYM o vídeo é DEMAIS! E se você, caro leitor, refletir durante alguns segundos, vai perceber a importância dos pequenos grandes atos e que só assim as relações sociais podem melhorar significativamente. O vídeo foca em uma teoria que é retratada a partir de um “efeito dominó”, no qual, uma pessoa comete o ato de ser gentil fazendo com que essa atuação se propague através da conscientização de alguém que a presenciou e assim por diante. Aí eu me pergunto, porque esse pequeno vídeo, em especial, tem comovido tanto as pessoas que o assistem, tem gerado tantos comentários, tem obtido tanta repercussão? Será que seria pelo comodismo citado no inicio do texto? Será que seria pelo fato de que ele é composto por simples atos, atos esses que não exigem muito tempo, apenas um pouco mais de atenção? É exatamente nesses questionamentos que entra a ideia de cidadania, sendo ela “do latim, civitas, ‘cidade’, é o conjunto de direitos e deveres, o qual um indivíduo está sujeito em relação à sociedade em que vive”. Então, o que seria a base da cidadania, senão a vontade inicial de se gerar o bem comum e conseqüentemente a obtenção do pessoal? O que esperar de uma sociedade na qual não exista um ato de bondade, de compaixão, de gentileza, de ajuda ao nosso semelhante? Já parou para pensar nesses questionamentos também? Diante de toda essa reflexão, vamos passar a ter um olhar menos grosseiro e superficial acerca daqueles que passam no nosso caminho, dos que seguem ao nosso lado durante a jornada da vida, afinal "a vida é um caminho e o que vale é passar bem por cada pedacinho dele". Que sejamos mais gentis, pois afinal “gentileza gera gentileza”.

OBS.: Texto de Brenda Solla. Fico encantada com a sua sensibilidade e percepção de vida, hoje com 20 anos, mas desde mais nova sempre teve este olhar. Parabéns filha, pela pessoa linda que és!

Luciana Lua
Enviado por Luciana Lua em 10/11/2013
Reeditado em 08/02/2014
Código do texto: T4564383
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