18 ANOS

18 anos. Tive medo de completar e tenho medo por ter completado. O reflexo do espelho mostra a menina, as responsabilidades buscam a mulher. Sei que preciso atravessar a rua para descobrir o que tem do outro lado, mas a calçada ainda me traz para rua de casa.

O cursinho está terminando, o vestibular chegando. As escolhas não são tão fáceis, está em jogo minha futura profissão. Uma profissão não é como uma roupa que se troca no vestiário. Tenho muitas profissões em mente, e o objetivo de não falhar na que eu escolher.

Dizem que sorte no jogo, azar no amor. Placar zero a zero para os dois. O que tem de errado comigo, ou melhor, com eles? Sei que sou um pouco exigente (admito, bastante exigente), mas quem vai conviver sou eu, então preciso escolher bem. Do que adianta dormir em várias camas, com vários homens, sem amor?

Podem me criticar, sei que não sou fácil. Mais um dia alguém me entende.

Se sonhar for crime. Eu estou condenada a pena de morte.

Ainda acredito em príncipes. Embora, tenho conhecido somente os sapos.

Entre conviver com animas e pessoas, escolho os animas.

Se pudesse levaria todos os cãezinhos pra casa.

Às vezes sinto que sou alvo das pessoas. Se até hoje não me acertaram porque não desistem?

Quer saber, sou jovem ainda. Tenho 18 anos. Adolescente ou adulta? Tanto faz.

Como dizem os mais velhos: ''O importante é ter saúde''. Isso eu tenho de sobra.

Sarah Marques
Enviado por Sarah Marques em 08/11/2013
Reeditado em 31/05/2014
Código do texto: T4562383
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