A Arte Liberta....
Certa Vez me deparei com uma afirmação dentro de mim “a Arte liberta”....
Até hoje me deparo com as possíveis explicações desta frase, quando encontro os vestígios das “possíveis” constatações, para assim acalmar esta longa busca.
Esta manifestação do ser, que a cada expressão, a cada suspiro se apresenta de formas diversas a depender do modo, do sentimento, do ambiente e ainda da variável de cada ser que exprime e a nas variantes de cada ser que recebe, a Arte se revela em um grande universo de possibilidades.
Grande universo este, que pode permear lembranças, sentimentos, pensamentos, reflexões através de imagens, cores, formas, sonhos, palavras. O universo em que o ser humano encontra-se inserido e que, a meu ver, para evoluir é necessário manter-se, de alguma forma, conectado com ele, seja como provedor da Arte, o artista ou como um mero admirador e expectador.
A Arte liberta, pois se desamarra das rédeas da conveniência de tempo e espaço e com criatividade, extravasa os limites da dor, e até da alegria. É pura expressão do ser independente dos humores de quem tem ou não a possibilidade de conectar-se com ela.
A Arte liberta, pois não há dogmas capazes de impedir que as imprevistas idéias e conversão de sentimentos se encontrarem no momento exato. Não falo da Arte de estudos rebuscados da literatura ou das telas da era renascentista, certamente estas têm cada qual o seu valor. Falo da Arte, caminho claro e sem grades que através de acordes e cores seguem como fluídos de vida e iluminam o coração, desprezando as explicações lógicas dos mais rápidos raciocínios.
A Arte liberta, pois não precisa ser certa ou errada, não precisa estar necessariamente agarrada alguma teoria, para se espelhar dentro de uma alma que a encontra. Mesmo sendo uma obra de arte aparentemente estática para quem ver, ela se afirma como Arte, a partir do momento que gera movimento do seu admirador, tornando comum a condição de sentir e assim unindo pessoas, unindo compreensões num determinado ponto de encontro.
Um Dia serei Arte, não que já não seja....Um dia, assinarei na tela que me foi dada, onde só eu posso escolher as cores e harmonizá-las de tal modo que seja o reflexo do meu EU, protagonista de um drama, como um instrumento perfeitamente afinado.