Numa extremidade do corredor, Centro Cirúrgico onde equipe médica procedia à implantação de próteses na aorta abdominal e nas artérias ilíacas, em razão de aneurisma. Na outra, Recepção e Sala de Espera onde meus familiares aguardavam o término da operação.
       A médica anestesista gentilmente deixou o número de seu telefone celular com meu filho, médico também, para que ele ligasse depois de duas horas para saber notícias. Estava tudo bem. 
       Aproximadamente cinco horas após o início da cirurgia, que durou sete horas, um dos médicos deixa a sala, visivelmente apressado, falando ao celular,  e, em voz alta,  em tom de urgência,  solicita à secretária  o número do telefone do serviço de ambulância com UTI.
       Pernas amoleceram, a palidez  instalou-se nos rostos, lágrimas brotaram nos olhos mais emotivos,  olhares à procura de entendimento do que estava acontecendo, não querendo acreditar que algo não corria bem...
       O tempo parou...
       Parou até descobrirem que a ambulância/UTI  destinava-se à transferência de paciente para cirurgia de emergência no mesmo hospital.
       . . . aí veio a bonança. . .