EUREKA !
Embora nunca tenha me preocupado excessivamente com a moda, é claro que jamais andei vestida como minhas avós. É evidente também que na minha idade não circule por aí trajando modelitos juvenis. Confesso que já usei blusas com gola de marinheiro, saia godê, vestido tubinho, calças saint tropez, pallazzo pijama, maiô de duas peças e saída de banho felpuda. Usei também vestidos inspirados na elegância de Jaqueline Kennedy. E taierzinhos ‘piratas’ copiados da linha Chanel, confeccionados por caprichosas costureiras, que eu adorava. Sem esquecer a criação de Mary Quant que um dia incentivou todas as moças do planeta a colocar as pernas de fora, a famosa mini-saia. Em ocasiões esportivas ou para churrascos em sítios, usávamos a ‘calça rancheira’, algumas diretamente importadas dos Estados Unidos, vendidas nas lojas Sears. Antecessoras dos atuais jeans. Depois vieram as batas indianas, bermudas, camisetas, etc, etc. Cada época com seu uso.
Assim como certas marcas viraram o nome do objeto, como a gilete, alguns tecidos passaram a designar determinadas roupas. Antigamente, quando se falava em casemira inglesa, sabíamos que se referiam a ternos de qualidade superior, de corte esmerado. Atualmente, quando falam em moleton, sabemos que se trata de agasalhos esportivos ou blusões informais, com ou sem capuz, para dias frios.
Pensei em tudo isso porque antes do moleton houve um tecido bastante utilizado para roupas esportivas, cujo nome eu não conseguia lembrar de jeito nenhum. Não que ele seja importante para mim, o problema é que fiquei preocupada com minha memória. Felizmente, hoje por acaso ele me veio à cabeça: helanca! Que até se parece com eureka, não é mesmo?