Diário de Sonhos - #050: Tartarugas Ninjas

Hoje foi uma noite daquelas em que minha mente estava tão eufórica e inquieta que produziu dezenas de sonhos fantásticos e vívidos durante meu sono. Infelizmente não lembro de muita coisa, apenas de pequenos fragmentos. Mas um pequeno trecho lembro o suficiente pra dar uma pequena história.

Eu sonhei...

Sonhei que estava na cidade. Era de tarde e eu fugia de alguma coisa. Encontrei uma espécie de armazém. Pulei as grades do portão e me escondi lá dentro. Logo em seguida um carro estaciona na frente do portão e dele saem homens de um aspecto bem peculiar. Eles estão vestidos igualzinho às Tartarugas Ninjas do desenho, com pedaços de pano amarrados nos cotovelos, nos joelhos, nos punhos, canelas e uma faixa cobrindo o olho. Não penso duas vezes e ataco o que está de azul. O homem de roxo vem gritando: "Ei ei ei, que palhaçada é essa aí?". Nesse instante percebo que aquilo é o uniforme deles. Peço desculpas e explico que os confundi com as Tartarugas Ninjas. Pergunto como fugir dali, mas eles não sabem. Um velho aparece. Seu aspecto remete ao de um velho mestre em artes marciais. Usa um manto roxo e tem dentes pontudos iguais aos de um rato. Ele diz que precisa da chave no meu bolso pra abrir a porta. Entrego a chave e tento eu mesmo colocar na porta, mas a chave quebra. Todo mundo fica bravo, mas o velho diz que vai tentar dar um jeito. Ele joga um monte de chaves em cima duma mesa e começa a procurar uma igual. Ele acha uma parecida e diz que por não ser a mesma chave não vai me levar ao mesmo caminho. Abro a porta e levo um susto. Como se estivesse apenas me esperando, do outro lado da porta estava parando uma espécie de pônei inflável, com olhinhos esbugalhados e a língua de fora, numa careta cômica. Ele não tem pernas e flutua. O velho diz que aquele é o meu pônei do tempo, e que devo montar nele e ter cuidado pra não cair. Subo no pônei e ele começa a seguir o escuro caminho a que leva a porta. Passamos por corredores estreitos e com paredes muito altas. Fazemos curvas sinuosas. A impressão que tenho é de que estamos numa masmorra. O chão de pedra logo se torna um imenso abismo de lava e enxofre. De dentro do bolso da minha camisa sai uma espécie de minhoca ou verme com asas. Ele começa a conversar comigo. Falamos de várias coisas. Eu censuro a copa do mundo, dizendo que o brasileiro é um inútil mesmo. Ele discorda e começa a me explicar todas as regras do futebol. Não entendo absolutamente nada, mas ele continua falando e falando sem parar. Finjo que escuto. Chegamos a um restaurante, que está flutuando sobre o abismo de lava (na verdade este é o restaurante que costumo almoçar quando estou à trabalho centro). A minhoca voadora continua falando e falando, e eu me pergunto se aquele restaurante aceita cartão Sodexo.

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Três de novembro de dois mil e treze.

Renan Gonçalves Flores
Enviado por Renan Gonçalves Flores em 03/11/2013
Código do texto: T4555145
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