Exórdio Mesquinho - Esperança é uma Fênix Morta

Há no animal pensante um inquieto e invulgar parasita; este que se alimenta de uma ignota substância ociosa excretada por cérebros vorazes do absorver; e tudo que promove o desejo do hospede ver-se a necessidade de tal objeto, e o transforma em seu sintético e raro alento; locomove-se endiabrado, quando, não lhe alimentam, onde, em anseios extraordinários, o portador ouve-lhe, em alaridos, esfomeados, clamando mais e mais em nome de sua fome viciosa. O inquilino, quase um ditador, coage o hospedeiro, a inferência da rogativa, ao ponto que este desconhece qualquer dificuldade, logo, aflora a corrupção, um embrutecimento do senso harmônico provida pelo ato de agenciar o alimento e a reação das fezes do parasita.

Em posse desta premissa, com certo teor de falácia, conduz-se a dois caminhos, lados opostos, o positivo em específico, o albergueiro ainda mantem o resíduo do embrutecimento, apenas menos hostil; enquanto o negativo, representando-se airoso, de pés intrépidos, destemidamente malévolos, ansiosos ao degrau superior da escada, a cobiça de um posto notório. Passos, a ascensão do lado passivo desta simbiose desencadeia uma singular perspectiva de um grupo social, logo, resultando uma jovem determinação estabelecida por tais indivíduos; sendo assim, os hospedeiros se auto afirmam os eleitos de estarem em tal posto, fictício. E por cupidez e num luxo natural dos corruptos, há uma invenção de “classes”, inexistentes categorias, comprimindo-as, a massa mais densa, segregando-as a animais vulgares, ignorantes para melhor estado de servidão; movimento caprichoso que caminha em margens cáusticas, um tanto quanto perigosa, um perigo latente com preocupação anestésica desse corpo social; entretanto, torna-se impossível conter seus espasmos.

Imagina-se toda uma estrutura construída num ser, cuja liberdade lhe é essencial, aquela máxima de fronteiras não existentes, quem nem ao menos se aparei em sua ínfima cogitação de não mais tê-la. Conseguinte, um infortúnio imposto que provem do patenteador de suas particularidades, do colonizador munido de moedas de seu lorde Id, do ditador de desejos insuetos, que assim o faz executável, pelo ilícito sustento do uso de sua superioridade, aquele que se auto define num supra-espectro-degrau. Obrigações que se tornam corpóreas e são aplicadas a um ser, não apenas representável, mas um protagonista real, entre tantos, eu prefiro a ave,... pequenina ser que é convertida a lúgubre vida dentre grades, borda de curtíssima dimensão além de suas asas, fronteiras de poucos centímetros que lhe é a explicita castração de liberdade, onde jamais deixara de ser ciente por sua biologia adutora; é de fácil e gradativa conclusão, a materialização de um fenômeno triste ao anexo de perguntas, das quais as repostas é habitual permanecerem ocultas, olhos de desconhecidos tons de íris. E tal colonizador não possui o rompimento do seu bom senso; malefício que usa a particular influência como tecido esponjoso, deliciando-se de todo líquido venoso que lhe permite irrigar; ato que faz a ocupação agressiva, estuprando o pequeno corpo dessa ave, transferindo o seu bucólico espírito em uma personalidade nova, quase como um recém-nascido, inocente, ignorante, ser que fora posicionado numa involuntária necessidade de amadurecimento de sua sina virginal; ave que... ~eu ainda preciso apegar-me a essa pequena personagem, pois, ela é orgânica para o arremate do conceito que destilo.~ ave que tem o seu natural domesticado, voltada a um casulo com uma vida que não lhe pertence; e tendo que ser vivida desde aquele fatídico momento: o encontro com o responsável do cárcere. Portanto, a habilidade que possui nada serve em tal ambiente no intento de contrapor o seu inimigo; nem de forma cognitiva, algo impossível para si, pois, a atmosfera propicia as desvantagens; apenas restaria a força bruta e vil contra o seu involuntário senhor, entretanto, esta também, por sua natureza mortiça, torna-se desconsiderada.

A incumbência de semelhante escravidão de direitos a um ser tão fraco, para então somente restar-lhe a única rebeldia, a única vingança que lhe convêm contra o seu malfeitor: o silencio de sua beleza, as harmônicas notas de seu canto, estas que se engajam aliadas a Nêmese de sua causa.

Todavia, unindo ao universo inverso, ainda mais extremo, animais como leão, elefante, classes estas e bem representadas que ostentam poder grandioso..., aaaah... eis aí o supra componente, o que, agora, me permite romper parte da alegoria descrita: o temível humano: ser dotado de um cérebro que ainda não conhece limite para promover ações expressas num oceano de violência... portanto, o que é agressão posta contra tais animais torna-se um convite do revide, cuja reação é infecta. Em algumas vezes, de alguma forma preconcebida, é superior às consternações, as feridas e “feridas” que eles foram submetidos. A explosão jamais será menor que o pavio riscado.