NO CABELEIREIRO

NO CABELEIREIRO

Hoje fui cortar o cabelo com um profissional que minha amiga recomendou. Como o lugar era chique até fiquei ressabiada, não estou acostumada a frequentar salões assim. Mas já que estava ali, expliquei ao cabeleireiro o que eu queria e entreguei-lhe minha cabeça. Enquanto ele manuseava com agilidade a tesoura, começou a me fazer perguntas, se eu era da cidade, o que fazia, etc. Ao saber que sou professora de francês, o homem ficou encantado. Contou que já foi várias vezes à França e conseguiu se comunicar mesmo sem conhecer bem a língua. Disse também que fez Psicologia e pretende, um dia, aprofundar seus estudos naquele país. Terminada a função do corte, ele passou o secador nos meus cabelos e ajeitou o penteado, que felizmente desta vez gostei. Antes que eu me levantasse da cadeira, ele me fez um pedido: quer que eu lhe dê aulas de francês! Mas só para o ano que vem, agora deve começar a temporada de muito trabalho...

Ao cruzar a porta da saída, olhei para o relógio e fiquei surpresa. Tive meus cabelos lavados, cortados e penteados em apenas trinta minutos. Apesar de conversar bastante, Júlio não brinca em serviço.