Carteirada ao Volante
Qualquer motorista, ao ser parado por uma Blitz, deve apresentar sua carteira de habilitação e o documento do veículo, além de seu visível estado de sobriedade. Infelizmente, algumas autoridades preferem optar pela “carteirada”, como forma de intimidar os agentes de trânsito. É o corporativismo sobrepondo à cidadania.
Um fato lamentável foi registrado por imagens do Jornal Nacional que, por si só, já comprova o estado etílico do motorista e sua arrogância em apresentar-se como “Coronel”.
Conduzindo o seu veículo, ali ele é um cidadão comum, um motorista, independentemente de sua patente. Deve respeitar, como todos, às normas do trânsito. Há de entender que a nossa sociedade já evoluiu, não admitindo certos abusos de poder.
O fato lembrou-me uma ocorrência no país vizinho, a Argentina, quando um “ilustre” brasileiro, ao invés de apresentar seu RG ou passaporte, apresentou seu documento que o identificava como uma alta autoridade no Brasil. E o agente de lá prontamente retrucou: “no, no, esse no”.
E, em bom português, esclareceu: “O senhor tem esse cargo lá no Brasil. Aqui o senhor é um turista. Terá de apresentar o seu documento válido aqui”.
O mesmo deveria ter respondido o agente de trânsito ao Coronel: “Não, não, o senhor aqui é um motorista como outro qualquer, tem de respeitar a Lei Seca”.