JANELAS DA VIDA
JANELAS DA VIDA
Os primeiros clarões da aurora, anunciando um novo dia, proclamam as maravilhas do Criador e enchem-nos de encanto pela graça recebida.
Quanta tranqüilidade ao ouvirmos o canto dos pássaros e nos dias de chuva sentirmos o cheiro da terra molhada. Em noites enluaradas embevece-nos o brilho de milhares e milhares de estrelas.
Estas são imagens que vemos por uma das inúmeras janelas da vida, onde nos debruçamos com a alma repleta de alegria, apreciando diariamente, o que a natureza nos oferece e nos dá de presente.
Seria perfeito o mundo, seriam iguais as criaturas, sem discórdias, incompreensões, atrocidades, fome, miséria, desmandos se a humanidade quisesse, ao iniciar um novo dia, elevar suas preces ao Altíssimo, pedindo sua ajuda, para que assim muito das angústias, misérias, atrocidades, fossem banidas da face da terra.
É desolador quando ao entreabrirmos uma das janelas da vida, depararmos com imensa tristeza e toda a miséria do mundo.
Está aí nosso querido Brasil, com sua imensa área territorial, suas enormes riquezas minerais, florestais, hidrográficas e contando ainda com nossos mares de um colorido azul-esverdeado, cujas ondas, num balé sincronizado, estourando e quebrando constantemente, beijando as areias brancas de nossas praias.
Infelizmente, neste momento só conseguimos ver o desmatamento desenfreado, a fome, a miséria, o desemprego, trazendo o desespero a milhares e milhares de famílias.
Constatamos, quase que diariamente, os desentendimentos e a ambição de nossos dirigentes políticos, que maculam toda essa beleza e riqueza, pelo aviltamento dos valores maiores, trazendo insegurança a todos nós brasileiros.
É a incompreensão humana dilapidando segundo a segundo, minuto a minuto, o que a vida nos pode oferecer de melhor: A PAZ ENTRE OS HOMENS.
Desejaríamos tanto que nossos olhos, nossa alma jamais tivessem a infelicidade de presenciar tanta insensatez, tanta desigualdade, tamanha miséria humana.
Mas ainda nos resta a esperança de que em qualquer tempo, em qualquer dia, não muito distante, possamos estar debruçados nas janelas da vida e vendo através dela toda a beleza do mundo:
O SOL AQUECENDO A TERRA, A CHUVA MOLHANDO E FAZENDO FLORESCER NOSSOS JARDINS, A LUA SURGINDO PRATEADA NO CÉU RECOBERTO DE ESTRELAS, E AINDA PODERMOS SENTIR E VER A DOÇURA E O SORRISO DE UMQA CRIANÇA.
CURITIBA ABRIL/2007.
Página inserida no livro da autora: Quando Florescem os cafezais
Dinah Lunardelli Salomon