O CRIMINOSO E A CONSCIÊNCIA


Muita gente costuma dizer que determinada pessoa cometeu esse ou aquele crime porque estava drogado, estava "fora do seu estado de consciência" o que não deixa de ser verdadeiro, principalmente se tratando de crimes contra a vida. Mas por outro lado não podemos dizer a mesma coisa para aquele que rouba o dinheiro público, o que compra diploma falso, o que estupra a própria sobrinha, o que prática extorsão, em suma, o crime arquitetado, planejado, onde ele, o criminoso, teve muito tempo para desistir do seu ato. Imagina-se que esse tipo tem a perfeita consciência do que faz, fez e ainda dos outros crimes que vai fazer, porque ele nunca para.

Um falecido cientista italiano, Lombroso, dizia que o criminoso traz um perfil na face que o denuncia, uma característica nos ossos da face. Na época foi muito usada essa teoria para pegar e prender muitos criminosos, inclusive, desvendando muitos crimes praticados sem testemunha. Com o avanço da ciência outras teorias surgiram, algumas confirmadas outras não passaram de mera especulação. Atualmente através do exame de DNA pode-se afirmar a paternidade, mas também os vestígios deixados pelos criminosos que em seguida são presos e levados aos calabouços dos presídios para cumprirem pena.

De uma coisa se tem total certeza, que o criminoso, no seu íntimo é sabedor da sua doença, do seu "defeito de fabricação", portanto, ele pode ser aparentemente um perfeito cidadão, bom pai, bom marido, profissional exemplar, aparentemente, mas em sua intimidade ele sabe que é uma aberração da natureza, a escória, que embora escondida sob sua capa, mas sempre estará consciente na sua intimidade. Não importa sua perfeita representação, seu sorriso, seu discurso barato, não tem jeito, ele sabe que tudo não passa de mera encenação, onde ele interpreta alguém que ele queria ser, mas em virtude da sua doença, jamais será.

Um certo governador, quando então secretário de segurança, em um debate com a população foi categórico em afirmar que ser criminoso era índole, uma propensão natural, mas que se procurasse ajuda poderia até deixar o crime, o problema é que o que lhe dá prazer ele tende a repetir. Na época ainda o contestei, perguntando a ele então se era perda de tempo do Estado manter o preso? Se eles não têm jeito por que mantê-los aprisionados? Ele foi mais cético, afirmando que não conhecia nenhum criminoso com vontade de regenerar, portanto, melhor mesmo seria a pena de morte, considerando que na sua vida ele nunca viu um ex estuprador, ou qualquer outro que tenha cometido um crime que se tenha declarado culpado e de fato arrependido pelo fato cometido.

Após o debate em conversa reservada com o secretário disse que ele foi muito duro com as palavras, o que ele concordou. Então o indaguei: o senhor concorda que certos criminoso que estão como bom moço na sociedade, mas que cometeram crimes diversos como compra de diploma, carteira de jornalista, traficante de cocaína, estuprou a sobrinha e que normalmente prática extorsão ele tem consciência dos seus crimes? Ele respondeu: "não só tem consciência que é criminoso como sabe que ele não tem cura, que somente a morte nos livra dele, e te digo mais, ele sente prazer no que faz, é uma realização pessoal os resultados dos seus crimes".

E você que ler, o que pensa a respeito do assunto?