O amor rejuvenesce
A gente começa a rejuvenescer de dentro para fora diz minha endócrino preferida.
Mude alimentação, faça exercícios, reeduque-se.
Legal. Não faço nada disso.
Vejo os jovens com piercing, tatuagens coloridas, alegres, lindos.
Porque não posso rejuvenescer de fora pra dentro?
Na rua um cartaz: “tatuagem sem dor”
Me armo de minha clava, estufo o peito como um perfeito macho predominante e me enfio naquela caverna de sonhos.
Cada degrau que eu subia, me ocorria um pensamento de como, o que, onde iria tatuar. Era um tal de pinta e despinta o meu corpo que nem vi os quase cinqüenta degraus que subi.
No topo toda de branco, um anjo.
Luvas, touca, avental, me perguntou:
- Já escolheu?
Quero que tatue um elefante nessa minha barriga branca de cerveja e preguiça. Coloque as orelhas dele em cima das cicatrizes da cirurgia da vesícula do lado direito, e sobre as cicatrizes da hérnia inguinal do lado esquerdo.
Em cima, você tatue o rabinho do elefante bem sobre os quelóides desse peito aberto na implantação das safenas.
E a tromba, ela perguntou.
Não me fiz de rogado ou tímido.
Você por gentileza capricha na tromba, ordenei.
Afinal ia entrar para o rol dos moderninhos e estava pagando.
Quero que tatue toda a tromba no meu bilau.
Ela muito elegante, também ordenou.
Coloque esse avental, (aquele que a bunda fica sempre de fora), e deite-se na maca.
A gente para ficar na moda, faz qualquer coisa não é?
Sofre humilhação e dores. Obedeci.
Umedeceu uma gaze com polvidine, desinfetou.
Parou. Levantou-se da banqueta, fitou meus olhos e sugeriu que eu me levantasse.
Lamento não poder fazer a tatuagem que pediu.
Nunca vi elefante sem tromba disse-me.
O máximo que temos de área para tatuar a tromba do elefante só daria para colocar as anteninhas de uma formiga. E das pequenas, sentenciou friamente.
Já comecei a comer saladas, eliminei o açúcar, caminho um km por dia, larguei a cerveja e o cigarro.
A gente começa a rejuvenescer de dentro para fora diz minha endócrino preferida.
Mude alimentação, faça exercícios, reeduque-se.
Legal. Não faço nada disso.
Vejo os jovens com piercing, tatuagens coloridas, alegres, lindos.
Porque não posso rejuvenescer de fora pra dentro?
Na rua um cartaz: “tatuagem sem dor”
Me armo de minha clava, estufo o peito como um perfeito macho predominante e me enfio naquela caverna de sonhos.
Cada degrau que eu subia, me ocorria um pensamento de como, o que, onde iria tatuar. Era um tal de pinta e despinta o meu corpo que nem vi os quase cinqüenta degraus que subi.
No topo toda de branco, um anjo.
Luvas, touca, avental, me perguntou:
- Já escolheu?
Quero que tatue um elefante nessa minha barriga branca de cerveja e preguiça. Coloque as orelhas dele em cima das cicatrizes da cirurgia da vesícula do lado direito, e sobre as cicatrizes da hérnia inguinal do lado esquerdo.
Em cima, você tatue o rabinho do elefante bem sobre os quelóides desse peito aberto na implantação das safenas.
E a tromba, ela perguntou.
Não me fiz de rogado ou tímido.
Você por gentileza capricha na tromba, ordenei.
Afinal ia entrar para o rol dos moderninhos e estava pagando.
Quero que tatue toda a tromba no meu bilau.
Ela muito elegante, também ordenou.
Coloque esse avental, (aquele que a bunda fica sempre de fora), e deite-se na maca.
A gente para ficar na moda, faz qualquer coisa não é?
Sofre humilhação e dores. Obedeci.
Umedeceu uma gaze com polvidine, desinfetou.
Parou. Levantou-se da banqueta, fitou meus olhos e sugeriu que eu me levantasse.
Lamento não poder fazer a tatuagem que pediu.
Nunca vi elefante sem tromba disse-me.
O máximo que temos de área para tatuar a tromba do elefante só daria para colocar as anteninhas de uma formiga. E das pequenas, sentenciou friamente.
Já comecei a comer saladas, eliminei o açúcar, caminho um km por dia, larguei a cerveja e o cigarro.